Planaltina

Parentes de invasor de terreiro reclamam de falta de assistência da Saúde

Rafael Mendes, ex-cunhado do rapaz, relatou que ele ficou em uma maca, no corredor do Hospital Regional de Planaltina, durante 24 horas. A mãe do invasor decidiu interná-lo em uma clínica particular com recursos próprios

Arthur de Souza
postado em 25/03/2022 23:19 / atualizado em 25/03/2022 23:20
Parentes de invasor de terreiro em Planaltina afirmam que ele não está recebendo assistência da rede pública de saúde -  (crédito: Arquivo pessoal)
Parentes de invasor de terreiro em Planaltina afirmam que ele não está recebendo assistência da rede pública de saúde - (crédito: Arquivo pessoal)

Familiares do responsável por invadir o terreiro Ilê Axé Omò Orã Xaxará de Prata/Ofa de Prata, na zona rural de Planaltina, na quarta-feira (23/3), reclamam da falta de assistência por parte da rede pública de saúde do DF. Rafael Mendes, 31 anos, ex-cunhado do invasor, relatou que o rapaz ficou em uma maca, no corredor do Hospital Regional de Planaltina, durante 24 horas.

“Em todo esse período, ele ficou solto e sem qualquer tipo de assistência médica. Não colocaram nem acesso para soro. Os remédios que ele está tomando, foi a gente que comprou”, reclama. “Por conta desse descaso, a mãe dele teve que tirar dinheiro do próprio bolso para interná-lo em uma clínica particular, pois fomos informados que não tem vaga no Hospital de Pronto Atendimento Psiquiátrico (HPAP) e havia ambulância para levá-lo ao Hospital de Base”, disse Rafael.

Questionada sobre a reclamação dos familiares do invasor, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) disse que “a Diretoria de Atenção à Saúde Mental não pode fornecer nenhuma informação de pacientes internados ou que realizam qualquer tratamento nas unidades da rede de saúde”. A pasta informou, apenas, que “pacientes que já foram atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ou no Hospital São Vicente de Paula e passam por alguma nova crise podem procurar o serviço novamente, sem necessidade de entrar em fila de espera”.

Repercussão

Depois do ocorrido, os parentes do rapaz chegaram a procurar o terreiro, oferecendo ajuda para reconstruir o centro de candomblé. A sobrinha do invasor Thais Afonso, 24, e Rafael foram ao local na manhã de quinta-feira (24/3) e conversaram com representantes do terreiro, entre eles a yalorixá Suely Gama, responsável pelo centro. A líder religiosa confirmou a visita ao Correio. "Eles vieram e pediram desculpas. Disseram que, quando começarmos a reconstruir, eles querem ajudar também", conta Sueli. Nesta sexta-feira (25/3), a mãe do rapaz foi até o terreiro conversar com a responsável pelo local. “Ela foi recebida com muito amor e carinho pela mãe de santo, que disse estar mais preocupada com a saúde e os cuidados do filho dela”, relatou Rafael.

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