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Comércio do DF espera Páscoa lucrativa após fim de restrições contra covid-19

Com a redução das restrições sanitárias, 43% dos lojistas esperam vendas melhores. Fecomércio-DF projeta aumento de 6% nos gastos nas compras típicas da época. Consumidor deve desembolsar mais de R$ 149

A primeira Páscoa após a flexibilização das medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19 traz boas perspectivas para o Comércio do Distrito Federal. Em relação ao ano passado, os comerciantes esperam obter um aumento de mais de 18% nas vendas, conforme um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF). A pesquisa indica que a maioria dos lojistas projeta um movimento positivo este ano, são 43% de otimistas em comparação aos 28% de 2021.

Givanildo Aguiar, gerente do Supermercado Veneza (Cruzeiro Novo), está entre os que apostam na recuperação. Para ele, a expectativa de vendas precisa ser positiva. "Nós, como comerciantes, temos de acreditar em um incremento nas vendas, tanto na área de chocolate quanto na área de peixes e todos os produtos sazonais relacionados ao feriado santo", afirma.

Acompanhando a expectativa, o investimento em decorações convidativas para seduzir os clientes começa a proliferar na cidade. Genivaldo afirma que, no estabelecimento em que trabalha, a exibição do estoque de ovos de Páscoa será robusta. Um grande arco colorido com chocolates ficará disponível para os clientes apreciarem e comprarem. "Queremos que tudo fique pronto o mais breve possível, para aproveitar a época de pagamento e poder fazer bons negócios para nós, como empresa, e para o nosso consumidor final", destaca.

Com a expectativa de aumento de 15% nas vendas, o gerente conta que há um reforço no estoque e que também será feito atendimento por delivery. "Para o cliente que ficar mais receoso de sair de casa".

Confiança

O presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, ressalta que o otimismo dos lojistas é reflexo do avanço da vacinação contra covid-19. "Esse processo de retomada da economia no comércio se deu a partir do momento em que as pessoas passaram a se sentir mais seguras para sair de casa, e os comerciantes mais positivos no planejamento de seus negócios", constata José Aparecido.

Em relação aos consumidores que pretendem comprar algum presente de Páscoa, a Fecomércio-DF aponta um aumento de 6% este ano e um acréscimo no valor que será deixado nas compras. Uma variação de quase 50% é esperada, indo de R$ 99,83 (2021) para R$ 149,16 (2022).

Todo esse otimismo não empolgou o servidor público Rafael Rodrigues, 40 anos. Ele pretende gastar o mesmo valor de 2021 e diz que ainda não está à procura de produtos relacionados à data. "Costumo decidir o que vou comprar quando está mais próximo da data, ali na penúltima ou última semana antes, então, ainda nem estou pensando a respeito", disse.

Apesar do orçamento contido, vendo os preços dos produtos típicos da celebração, ele admite que talvez precise desembolsar um pouco mais. "Acredito que vai dar uma subida de preço, não só do bacalhau, então, eu já espero gastar um pouquinho mais. Tudo que está tendo no supermercado está inflacionado, por isso, acredito que vai sair mais caro esse ano", presume Rafael.

 

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