Estrutural/DF

Sargento ameaça alunos em ato contra demissão de professora que chamou PM de cagão

Caso ocorreu na manhã de quinta-feira (5/5), no CED 1 da Estrutural, durante protesto. No vídeo, o oficial afirma que vai arrebentar um estudante de 14 anos

O terceiro sargento Frederico Nicurgo de Oliveira, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi flagrado em gravações ameaçando dois estudantes do Centro Educacional 01 (CED 01), da Estrutural, durante o protesto dos alunos, na manhã de quinta-feira (5/5) após a exoneração da vice-diretora que chamou um policial de "cagão". No vídeo que o Correio teve acesso, o policial e o aluno aparecem discutindo dentro de uma sala, quando o policial manda o estudante "abaixar a bola" e, segundos depois, ao novamente discutir com o jovem e se sentir ameaçado, o oficial afirma que vai arrebentar o estudante, de 14 anos. O sargento teve que ser separado por um outro policial militar. Veja o vídeo.

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Em um outro trecho do vídeo, gravado por estudante do lado de fora da sala, o terceiro sargento, que também exerce a função de monitor disciplinar da escola, ao ser afastado por um policial que tentava conter a discussão, ordena o jovem que estava gravando o vídeo para encostar na parede. "Quer ir preso?", disse Nicurgo. "Vocês estão vendo, né. A opressão que nós sofre aqui", disse o jovem. Após isso, a gravação acaba.

A opressão entre os estudantes e o policial ocorreu durante um protesto dos alunos na escola, após a vice-diretora da escola, Luciana Martins, ter sido exonerada do cargo depois de chamar o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Aderivaldo Cardoso, de "cagão". O tenente exerce a função de diretor disciplinar. A escola é de gestão compartilhada

O que diz a PMDF

Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou que tomará as medidas administrativas cabíveis sobre o caso, e afirmou que a ação se trata de um caso isolado, e que as circunstâncias serão apuradas. Veja a nota completa.

A PMDF adotará as medidas administrativas cabíveis ao caso e ressalta que trata-se de um caso isolado em que as circunstâncias serão apuradas, visto que toda atuação do policial militar no ambiente escolar é pautada pela legislação, a qual é estabelecida por meio de regimentos e portarias. O caso apresentado não representa a realidade dos Colégios Cívico-Militares em que a PMDF participa.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que a escola já ouviu as partes envolvidas e enviou as informações à Coordenação Regional de Ensino. "A CRE encaminhou o caso à Corregedoria da Secretaria de Educação", disse.

Essa nota foi atualizada com a resposta da Secretaria de Educação ás 10h horas deste sábado (7/5).

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

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