Pandemia

Covid-19: carga viral em esgotos do DF quadruplica entre maio e junho

Segundo um levantamento publicado pela Rede Monitoramento Covid Esgotos, houve aumento da carga no esgoto de sete das oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) que atendem a 80% da população do Distrito Federal

Correio Braziliense
postado em 10/06/2022 09:05
 (crédito: Getty Images)
(crédito: Getty Images)

A carga viral da covid-19 nos esgotos do Distrito Federal subiu mais de quatro vezes entre o fim de maio e o início de junho. Segundo um levantamento publicado pela Rede Monitoramento Covid Esgotos, houve aumento da carga no esgoto de sete das oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) que atendem a 80% da população do Distrito Federal.

Enquanto na semana epidemiológica 21 (de 22 a 28 de maio) a carga medida foi de 311,3 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, na semana 22 (de 29 de maio a 4 de junho) essa carga subiu mais de quatro vezes: 1,34 trilhão de cópias por dia para cada 10 mil habitantes. A análise foi publicada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

De acordo com a Nota de Alerta nº 09/2022, o aumento da carga viral nos esgotos acompanha o número de casos de covid-19 no DF, que cresceram aproximadamente três vezes, no período analisado. Com essa elevação, o Distrito Federal registrou a maior carga viral em seu esgoto desde a semana epidemiológica 6 (de 6 a 12 de fevereiro), quando foi verificada uma carga de 1,74 trilhão de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.

Rede de Monitoramento Covid Esgotos

A Rede Monitoramento Covid Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril de 2021, acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia atual.

Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar as autoridades locais de saúde na tomada de decisões relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da covid-19. Também podem fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.

Com os estudos o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.

Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, constam do Boletim de Apresentação da Rede. O histórico de resultados pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis no site da ANA. Semanalmente são disponibilizados, através do Painel Dinâmico da Rede Monitoramento Covid Esgotos, os resultados para todas as regiões que integram a Rede.

Em Brasília, especificamente, o projeto é coordenado pela Universidade de Brasília (UnB) e conta com o apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB).

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