Violência

Justiça mantém prisão de homem que matou companheira estrangulada no DF

O homem matou a companheira durante discussão por conta de uma dívida que ele tinha com um agiota, que havia ameaçado a família na noite anterior ao crime. Justiça do DF decidiu por fazer a manutenção da prisão

Pablo Giovanni*
postado em 11/06/2022 21:19 / atualizado em 11/06/2022 21:20
 (crédito: Fotos: Bárbara Cabral/Esp.CB/DA.Press)
(crédito: Fotos: Bárbara Cabral/Esp.CB/DA.Press)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve a prisão preventiva de Silvestre Pereira de Araújo, assassino confesso da companheira Joana Santana Pereira dos Santos, 41 anos. O homem matou a companheira durante discussão por conta de uma dívida que ele tinha com um agiota, que havia ameaçado a família na noite anterior ao crime, que ocorreu em 20 de março deste ano, no Arapoanga, em Planaltina.

A decisão foi publicada na última quinta-feira (9/6), pelo Tribunal do Júri de Planaltina. O processo está na fase de ouvir testemunhas de familiares e policiais que participaram da prisão de Silvestre, mas aguarda o retorno de um agente civil, que está de férias, para testemunhar sobre os fatos do caso.

O crime

No dia do crime, segundo investigações, o casal havia discutido pela manhã, enquanto os três filhos do casal estavam dormindo no cômodo ao lado. Silvestre ligou para o irmão, e afirmou que havia matado a própria esposa durante uma discussão, e que pretendia tirar a própria vida, mas que não queria que os filhos presenciassem a cena. Tudo foi motivado por uma discussão por conta de uma dívida que Silvestre tinha com um agiota.

O irmão de Silvestre abordou uma viatura na rua, e foram até o local onde o casal e os filhos moravam, no Arapoanga. Por não conseguirem entrar, os policiais decidiram arrombar o portão da casa. Dentro da residência, os agentes encontraram Joana com sinais de esganadura e Silvestre com o pescoço cortado. Os filhos do casal estavam em um cômodo dormindo.

A investigação aponta que ele matou a companheira e depois tentou suicídio. Segundo os policiais, depois de assassinar a mulher, Silvestre ligou para a família ameaçando tirar a própria vida. Mas socorristas do Corpo de Bombeiros do DF conseguiram chegar a tempo de evitar a morte. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por feminicídio.

Ida para a Papuda

Silvestre foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) após ter a prisão em flagrante convertida em preventiva, em 24 de março, após permanecer quatro dias internado no Hospital de Base. Joana foi sepultada no cemitério de Planaltina, na terça-feira, 22 de março, sob forte comoção de amigos e familiares.

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori.

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