O velório da jornalista Aída Carla de Araújo ocorrerá nesta sexta-feira, a partir das 13h, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O corpo será sepultado às 15h30. Profissional respeitada, ela morreu aos 64 anos, na quarta-feira (22).
Querida e conhecida na capital federal, Aída Carla trabalhou na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e no Ministério do Meio Ambiente (MMA). Nascida em Minas Gerais, veio para Brasília ainda criança.
Foi na infância que conheceu o publicitário Raphael Lontra, 69. Em conversa com o Correio, o amigo da jornalista contou que o primeiro contato foi na década de 1960, mas foi nos anos 1980 que ficaram mais ligados. Acabaram se afastando um pouco no decorrer do tempo, mas se reaproximaram há alguns meses, no Rio de Janeiro.
Os dois fizeram parte de uma das primeiras gerações de jovens que adotaram Brasília como lar. Lontra relembrou que Aída era uma pessoa alegre, divertida, festeira e cheia de amigos. Uma das lembranças que ficará na memória dele é sobre quando estiveram em um acampamento em Aruanã (GO), no Rio Araguaia. O publicitário recorda que já era noite e, à época, os postos de combustíveis não ficavam abertos nesse horário. Quando eles retornavam para Brasília, o carro ficou sem gasolina. "A alegria de Aída salvou a madrugada na beira da estrada", compartilhou.
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Amigo de Aída Carla há mais de 50 anos, o arquiteto Luiz Philippe Torelly, 67, disse que a jornalista era uma pessoa muito querida e respeitada. "Era conhecida por todo mundo. Muito carinhosa, amável e alegre. Essa tragédia pegou a todos de surpresa", lamentou.
Em uma publicação nas redes sociais, Vanessa Brito falou sobre a personalidade de Aída Carla. "Sua alegria contagiante e presença vibrante e amorosa farão muita falta. Sua paixão pelo Rio e Brasília será sempre lembrada por quem te conhece bem. Seu entusiasmo pela vida levantava qualquer um", escreveu.
Outros colegas e profissionais que trabalharam com a jornalista também prestaram homenagens. "Fui estagiária da Aída Carla de Araújo, na antiga Radiobrás. Ela sempre estará nas minhas mais lindas lembranças. Que ela siga na luz e na paz!", anotou Gabriela Pantazopoulos, no Facebook.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) também lamentou a morte de Aída Carla. "A jornalista era uma pessoa muito querida, respeitada e descrita pelos amigos e pelas amigas como carinhosa, amável e alegre. O SJPDF se solidariza com a família e amigos próximos nesse momento de dor e luto", finalizou a nota da entidade.
Tragédia
Aída Carla estava na casa de uma de suas irmãs, na tarde de quarta-feira (22), no Lago Norte, quando foi ferida por dois golpes de arma branca — no pescoço e nas costas. De acordo com os bombeiros que atenderam o chamado, o autor do crime é um sobrinho dela que, segundo testemunhas, estava em um surto psicótico. Ele foi preso em flagrante e ainda não há informações sobre a motivação do crime. O caso segue sendo investigado pela 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte).
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