Justiça

Crime da 113 Sul: Justiça analisa anulação da condenação de Adriana Villela

Adriana Villela foi condenada em 2019 pelo assassinato dos pais e da empregada da casa. Crime ocorreu em 2009

A Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) julgará, nesta quinta-feira (9/6), um pedido de anulação do Tribunal do Júri que condenou Adriana Villela a 67 anos de prisão pelo caso que ficou conhecido como "o crime da 113 Sul". 

Adriana foi condenada por triplo assassinado qualificado com motivo torpe, com crueldade e impossibilidade de defesa e por furto qualificado, em 2019. De acordo com a condenação, em 2009, a arquiteta matou o pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a mãe, Maria Carvalho Villela;  e a empregada da família, Francisca Nascimento Silva, no apartamento em que eles moravam na 113 Sul. O julgamento foi o mais longo da história do DF, durou 10 dias e teve mais de  100 horas de sessão.

Agora, a defesa de Adriana alega que, no julgamento, houve cerceamento da defesa por eles terem sido impedidos de acessar mídias com depoimentos dos réus confessos do crime. Adriana nega que tenha tido participação nos assassinatos. Além disso, eles afirmam que antes do julgamento, uma das juradas se manifestou pelas redes sociais com críticas a um dos advogados de Adriana e teria mentido quando questionada sobre isso pelo juiz. A defesa ainda alega que não há evidência do envolvimento de Adriana no crime. Além disso, é destacado que  durante o processo houve relatos de torturas dos réus e outras irregularidades. 

O crime 

Os corpos dos três foram encontrados em decomposição em 31 de agosto de 2009. De acordo com a investigação, eles foram assassinados em 28 de agosto. Os três foram brutalmente assassinados a facadas. 

Cerca de um ano após o crime, Adriana Villela e o porteiro do prédio Leonardo Campos Alves foram presos. Leonardo chegou a assumir os assassinatos. Ele ainda apontou que teve ajuda de um sobrinho e de uma outra pessoa. Os dois suspeitos também confessaram participação, mas depois voltaram atrás e disseram que só confessaram por terem sido torturados por 24 horas. Mesmo assim, os três foram condenados. A soma da pena deles chega a 177 anos de prisão. 

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