CB.Saúde

"Não sabemos quanto vai durar", alerta médica sobre as sequelas da covid

A médica Aída Alvida alertou o perigo dos cigarro eletrônicos e elencou as principais sequelas pós-covid. A tosse acomete a maioria das pessoas que tiveram casos graves da doença

Isac Mascarenhas*
postado em 28/07/2022 18:38 / atualizado em 28/07/2022 18:39
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Mesmo após o fim da doença, pessoas que tiveram covid-19 podem apresentar sequelas, como fadiga, perda de olfato e paladar, e a mais comum, tosse. O medo desses sintomas persistentes é um dos motivos pela procura da vacinação. A pneumologista Aída Alvim discutiu os principais cuidados com a tosse pós-covid e alerta para os perigos dos cigarros eletrônicos, nesta quinta-feira (29/7), durante o programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília. 

De acordo com a pneumologista, essa tosse é uma inflamação nas vias aéreas causada pela covid-19 e acomete aquelas pessoas que tiveram forma mais grave do vírus. “Pode durar até oito semanas após o fim da doença. Não se tem muitos estudos ainda, mas se persistir após esse período a pessoa deve procurar um médico”, aconselha, durante entrevista à jornalista Carmen Souza.

 

Ao se deparar com essas sequelas, muitas pessoas buscam nas receitas caseiras formas de amenizar os sintomas. A médica esclarece que essas receitas não fazem mal, mas devem ser feitas com atenção. “Um chá é como se fosse uma compressa natural, mas deve-se evitar ingerir alimentos que podem ser alérgicos”, explica.

A higiene dentro de casa é outro cuidado que deve ser tomado para amenizar essa tosse, sobretudo no tema da seca. Se o paciente já tem um histórico de alergia, Alvim recomenda trocar o espanador por um aspirador de pó. “Deve-se evitar espanar os objetos, além deixar o ar mais umedecido com um umidificador, mas tomando cuidado para não mofar os móveis”, completa Aída.

Cigarros eletrônicos

Popular entre os jovens e proibido no início de julho pela Anvisa, os cigarros eletrônicos oferecem perigos à saúde. A pneumologista explica que esses aparelhos podem levar até a morte, pois causam inflamação na via aérea, nos brônquios e nos pulmões. “Faz mal. É um vapor de água que, mesmo sem nicotina, pode inflamar a via aérea. Eles têm óleos essenciais que podem causar uma pneumonia lipídica. Quando isso se junta à nicotina, a pessoa pode ficar viciada”, esclarece.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho

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