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'Precisamos de melhores políticas agrícolas', indica vice-presidente da Fape

Rogério Tokarski, em entrevista ao CB.Agro, disse que o Distrito Federal precisa de melhores políticas agrícolas para "desamarrar" o campo.

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Nova Safra

Em relação à nova safra, Tokarski pontuou que o impacto da guerra na Ucrânia deve ser considerado, já que Rússia e Ucrânia são os principais exportadores de fertilizantes do mundo. “Temos uma dependência acima de 90% de insumos importados. Isso é problemático para nós. Nesses últimos meses, o dólar subiu e o adubo deu uma elevada de preço, mas agora estabilizou. Então, não podemos afirmar quais desafios vamos ter”, ponderou.

A preocupação a respeito da alta dependência antecede a crise no leste europeu: “Antes da guerra já tínhamos um grande número de agricultores com estoque de adubo nos depósitos, mesmo antes da colheita”. Apesar de grande exportador de commodities, citou que o agronegócio nacional também observa resultados estrangeiros para planejar próximos passos. “Estamos na expectativa da safra americana, que está em pleno desenvolvimento, para balizar nosso futuro”, acrescentou Tokarski.

Plano Safra

O vice-presidente da Fape-DF disse que, de forma geral, o Plano Safra 2022/2023, divulgado no dia 29 de junho, atende às demandas da agricultura nacional, apesar de juros maiores em comparação ao ano anterior. Para Rogério, o fator positivo é o volume recorde de recursos disponibilizados: R$ 340,88 bilhões.

Tokarski ainda destacou que o novo plano prioriza pequenos e médios produtores, já que “são a razão do Brasil”. “Para os grandes existem outros players que os financiam. Precisamos, sim, dos pequenos e médios. O maior número de produtores não são das grandes indústrias, mas da base”, ressaltou o vice-presidente da Fape-DF.

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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