TRAGÉDIA

Adolescente mata amigo de 17 anos com tiro acidental no peito em Ceilândia

O autor do disparo pegou a espingarda do tio, que é militar reformado do Exército, e efetuou o disparo acidental

Um jovem, de 17 anos, morreu ao ser atingido com um tiro acidental disparado pelo amigo, de 16 anos, dentro de casa, em Ceilândia. Segundo as investigações, os dois brincavam na residência, quando um deles pegou a espingarda do tio, que é militar reformado do Exército, e efetuou o disparo. A vítima se chama Davi Filipi Soares Ferreira. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O caso ocorreu na noite de domingo (3/7), no Condomínio Privê Lucena Roriz, em Ceilândia. Em depoimento, uma das primas de Davi contou que o quarto onde estava a arma do militar ficava trancado e as chaves eram guardadas em outro cômodo. Davi e o amigo tinham como costume visitar a residência frequentemente e, inclusive, dormiam lá algumas vezes.

No interrogatório, a jovem contou que a espingarda do tio ficava guardada atrás de um guarda-roupas. No domingo, a avó dos adolescentes saiu, momento em que os meninos chegaram. A jovem também precisou ir à padaria e alertou aos amigos para que eles não mexessem em nada no quarto do militar. Ao retornar para a casa, a menina encontrou Davi ferido com um tiro e o amigo desesperado gritando por socorro.

Davi chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros (CBM-DF) e foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde faleceu. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou o menor à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) de Ceilândia.

Disparo

Em depoimento, o adolescente contou que era amigo de Davi desde criança e que os dois moravam na mesma rua. Disse, ainda, que pensou que a arma era de chumbinho e resolveu mexer.

Com a espingarda em mãos, o jovem conta ter brincado com Davi ao apontar a arma para ele: “'Imagina uma arma dessa apontada para você”, teria dito o jovem. Segundo ele, ao acionar o gatilho, a arma disparou e acertou o peito do menino. Davi ainda teria corrido para abrir o portão e pedir socorro, mas acabou caindo. 

Segundo o delegado-chefe da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, Juvenal de Oliveira, o caso foi registrado como homicídio culposo. "O armamento foi apreendido, assim como as munições. O menor foi apreendido e está à disposição da Justiça", afirmou.

Além da arma, a polícia também apreendeu mais de 20 munições, dois carregadores e uma capa para espingarda. 

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