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Comércio prevê faturar R$ 245 milhões com vendas do Dia dos Pais no DF

De acordo com o Sindivarejista, o preço médio dos presentes deve girar em torno de R$ 170 e R$ 195. No ano passado, foram R$ 210 milhões em vendas, com um gasto médio de R$ 120 a R$ 160

Eduardo Fernandes*
postado em 09/08/2022 05:50 / atualizado em 09/08/2022 06:00
A flexibilização das medidas restritivas possibilitou o retorno presencial dos consumidores às lojas -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
A flexibilização das medidas restritivas possibilitou o retorno presencial dos consumidores às lojas - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Dia dos Pais se aproxima e, com isso, a procura pelos presentes já começou. O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) está otimista. A entidade estima um aumento de 14% nas vendas em comparação ao incremento de 11% registrado em 2021.

Para este ano, a previsão é de um faturamento de R$ 245 milhões e o preço médio dos presentes deve girar em torno de R$ 170 e R$ 195. No ano passado, foram R$ 210 milhões em vendas, com um gasto médio de R$ 120 a R$ 160. 

De acordo com o Sindivarejista, a mudança no cenário da pandemia no DF e a flexibilização das medidas restritivas possibilitam o crescimento econômico. A população voltou presencialmente às lojas. Nos dias das Mães e dos namorados, o faturamento aumentou 12%. A entidade avalia que a tendência é os consumidores procurarem por roupas, calçados, artigos esportivos e perfumes para presentear os pais. O sindicato do setor acrescenta que o fato de diversos estabelecimentos parcelarem o pagamento em até seis vezes contribui tanto para melhorar as vendas quanto para elevar o gasto médio por pessoa. 

Expectativa

Lucélia Sousa, 42 anos, é dona da Indiana Modas, uma loja de roupas e variedades, no Pátio Brasil Shopping. A comerciante trabalha com vários produtos, como tecidos, tapetes e itens de decoração, entre outros. Diante de tantas opções, ela espera que o Dia dos Pais possa registrar bons negócios em seu estabelecimento. "Como eu não tenho um nicho específico e os valores são variáveis, isso acaba chamando atenção. Ninguém vai esquecer de dar uma lembrancinha que custa a partir de R$ 5", destaca.

A empresária concorda que a pandemia trouxe dificuldades para o mercado financeiro e gerou uma queda nos lucros. Agora, com a mudança de cenário, a comerciante espera melhores resultados. Para Lucélia, grande parte da população é imediatista na hora de fazer as compras e, por isso, o Dia dos Pais promete gerar bons ganhos.

Compras

Mesmo que seja algo simples, o estudante de publicidade Kaio Lima, 20, acredita que o presente é uma boa forma de simbolizar o amor pelos pais, ainda mais em uma data comemorativa. Ele garante que vai buscar algo que combine com o seu herói. Mas, como entrou para o mercado de trabalho recentemente, adianta que não deve gastar muito. "Talvez algo em torno de R$ 150 a R$ 200, visto que um estagiário não tem muita margem financeira disponível", explica.

Além da tentativa de não gastar mas do que pode, o jovem fala sobre a dificuldade de encontrar itens que saiam em conta. Ao fazer pesquisas, constatou que muitos lugares estão com valores em alta, o que se torna um obstáculo na hora de adquirir algum produto. "Desde o item mais simples, como um lugar legal para ir e fazer algo mais elaborado, o aumento é geral e discrepante", diz o estudante, que ainda pensa em trocar o passeio a um restaurante por um programa em família, em casa mesmo, com um cardápio especial. 

O pedagogo Leonardo Pereira, 22, ainda avalia as possibilidades de presentes. Assim como Kaio, ele também pretende ter cautela financeira e não estourar o orçamento. No entanto, como é um dia único, economizou dinheiro durante o ano, para não deixar a data em branco. "Planejo gastar até R$ 500 e vou atrás das melhores opções", conta o morador de Santa Maria, que ainda se diz assustado ao notar a elevação nos preços.

 

 

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