Feminicídio

Companheiro de mulher encontrada morta no Sol Nascente confessa crime

Segundo informações passadas ao Correio por familiares, o homem admitiu o assassinato em depoimento na delegacia. Luciana era mãe de quatro filhos e estava estava no relacionamento há cerca de 3 meses

Edis Henrique Peres
postado em 10/08/2022 17:42 / atualizado em 10/08/2022 17:57
 (crédito: Edis Henrique Peres/CB/DA Press)
(crédito: Edis Henrique Peres/CB/DA Press)

Após investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, o companheiro de Luciana Gomes da Costa, de 35 anos, confessou ter matado a namorada com quem se relacionava há pouco mais de três meses, contou ao Correio um dos irmãos da vítima, que relatou que o corpo da vítima tinha sinais de violência no rosto. Ainda muito abalado, o familiar informou que o homem teria admitido o crime no período da tarde, em depoimento na delegacia.

Mãe de quatro filhos, com idades entre 13, 10 e gêmeos de 2 anos e nove meses, Luciana vivia em um apartamento na quadra 700 do Sol Nascente há cerca de um ano. A mãe da vítima, Valéria de Sousa Gomes, 57 anos, detalhou à reportagem que na noite de terça-feira (9/8), recebeu uma mensagem da filha contando que não estava se entendendo com o companheiro. “Ela estava nesse relacionamento há cerca de 3 meses. Pediu para eu salvar ela porque estava infeliz. Eu falei que me sentia de mãos e pés atados e disse que amanhã cedo, que era hoje, viria ver ela. Mas aí, quando dez horas, meu filho chegou na minha casa contando o que tinha acontecido”, afirma.

Com as mãos trêmulas e os olhos embargados, Valéria confessa a dor de perder a filha. “O namorado dela é meio dissimulado, está dentro do apartamento, chorando e vomitando”, conta Valéria.

Os vizinhos que arrumaram os filhos gêmeos de Luciana e os levaram para a creche. “Eles são muito apegados com a mãe e uma hora iriam procurar por ela, por isso a gente preferiu tirar eles da casa, para não ficarem lá. Eles sabem o que aconteceu, mas ainda não entendem o que isso significa”, pontua uma moradora que ajudou a família.

O caso é investigado pela 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) como feminicídio. O Correio busca contato com o delegado da unidade para mais informações.

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