Pets

Em cinco semanas, Cat Café de Brasília já mediou 10 adoções de gatos

Idealizadora do Betina Cat Café fala sobre a ideia da loja e sobre a rotina dos gatinhos que estão à disposição para trocar amor e carinho com as pessoas

Camilla Germano
postado em 10/08/2022 11:50 / atualizado em 10/08/2022 12:32
 (crédito: Divulgação/Alva Pinheiro)
(crédito: Divulgação/Alva Pinheiro)

Já pensou ir até um café e ter a oportunidade de passar um tempo fazendo carinho em gatinhos? Essa é a ideia por trás do Betina Cat Café, o primeiro do tipo em Brasília. Os gatinhos que ficam à disposição para receber e dar carinho e amor às pessoas são de uma protetora de animais que é amiga da dona da loja, Mariana Eduarda Brod, 31 anos, e podem ser adotados por aqueles que gostarem dos bichinhos.

Em conversa com o Correio, Mariana explicou um pouco sobre como funciona o processo de adoção. "É uma adoção por afinidade. Ela é muito assertiva porque as pessoas passam um tempo conhecendo os gatos". Mariana se refere aos gatinhos como "gato terapeutas", porque estudos mostram que estar em contato com animais aumenta a serotonina do corpo.

Por meio do Instagram do café, as pessoas têm acesso aos "currículos" dos gatinhos, que falam um pouco sobre a personalidade de cada um. Quem tiver interesse em adotar, deve preencher um formulário on-line que é direcionado diretamente para a protetora desses animais. A partir disso, os interessados recebem uma consultoria especializada sobre os cuidados dos gatos e também precisam falar sobre o espaço em que moram.

Mariana explica que isso tudo é para garantir a segurança dos bichinhos e para ter certeza que as pessoas saibam da responsabilidade de tê-los. Além disso, os animais já têm alguns exames e testes feitos antes da adoção. "Eles são adotados já castrados, com vacinas em dia, com testes. O custo em média para o cuidado é de R$ 1.500".

O método tem funcionado. Nas cinco semanas em que está aberto, o Betina Cat Café já mediou 10 adoções de gatinhos e outras podem acontecer ao longo da semana. "A gente gosta de trazer as pessoas que querem adotar no café e já vai passando instruções e, depois de uma entrevista, tem a adoção", relata Mariana.

Além disso, a retirada dos animais acontece nas segundas-feiras, diretamente no café, com o acompanhamento de um veterinário para atestar a saúde do gatinho. Como segunda é o dia que o café não funciona, é neste dia também que os outros gatinhos chegam ao espaço para que eles tenham tempo de se adaptar.

Espaço temático

Mariana revela que a ideia é que toda a loja tenha a decoração de gatos. Os talheres são personalizados e as comidas têm decorações com gatinhos também.

Tem ainda uma "cat shop", com itens para gatos e gateiros: xícaras, ecobag temáticas, brinquedinhos que as pessoas usam durante a "gato terapia" para levar um pedacinho da loja, segundo contou Mariana.

"Somos uma experiência. Tomar um bom café, comer um doce gostoso em formato de gato e do outro lado estar vendo gatos. É experiência, é reduzir a adrenalina e aumentar a serotonina", garante.

A história por trás do café

Mariana mal sabia que, ao adotar a gata Betina, que é paraplégica, o animalzinho se transformaria na inspiração do primeiro Cat Café de Brasília. A tendência asiática vem se tornando cada vez mais comum pelo Brasil e tem um pequeno diferencial: os espaços agora também fazem a ponte para adoções por afinidade.

A dona do espaço contou que um pouco antes da pandemia começar, em março de 2020, a ideia do café já estava em andamento. Ela inclusive ia assinar os documentos para conseguir a loja quando o primeiro lockdown foi decretado.

Naquela época, Mariana já tinha criado um Instagram falando sobre a ideia de ter o café e tinha seguido em frente com o plano quando ganhou muitos seguidores em pouco tempo. Ela relata também que muitos ainda perguntavam se o espaço seria aberto mesmo com a pandemia. "Mas 95% das pessoas entenderam a decisão de não seguir em frente com o café", contou.

Durante o período da pandemia, Mariana resolveu voltar para o Paraná, estado em que nasceu, e foi nesta época em que adotou Betina. No entanto, no começo de 2022, a vontade de abrir o café voltou com força.

Ela, então, voltou a Brasília, conseguiu uma nova loja e abriu o Betina Cat Café, na 409 Norte. "A Betina sempre foi a embaixadora do café, ela é a representatividade e, quando conhecem ela, as pessoas abrem a mente de que gatinho paraplégico também pode ser adotado", conta ela.

Protetora de animais desde nova, Mariana considera o café como um "braço que a causa animal não tinha" e vê o espaço como um estabelecimento que vai além do café. "Estamos quebrando paradigmas de que gatos não são carinhosos e também temos gatos com dificuldades e que estão sendo adotados independente disso".

Saiba como conhecer o espaço

Betina Cat Café

  • Local: 409 Norte
  • Horários: de terça a sábado, das 14h às 22h; domingo, das 14h às 20h
  • Valor da gato terapia: R$ 10 por 10 minutos

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