Tragédia

Mulher morre de infarto no Paranoá enquanto esperava na fila do Cras

Após infarto, Janaína Nunes Araújo, 44 anos, morreu, na madrugada desta quarta-feira (17/8), no Hospital Regional do Paranoá. Testemunhas dizem que o Samu não prestou atendimento

Júlia Eleutério
Pedro Marra
postado em 17/08/2022 14:32 / atualizado em 17/08/2022 22:31
 17/08/2022 Cr..dito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Mulher morre esperando atendimento na fila do CRAS do Parano...      -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
17/08/2022 Cr..dito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Mulher morre esperando atendimento na fila do CRAS do Parano... - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Uma mulher, 44 anos, identificada como Janaína Nunes Araújo, morreu, na madrugada desta quarta-feira (17/8), com sintomas de infarto no Hospital Regional do Paranoá (HRP) enquanto esperava por atendimento em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Paranoá. Ela estava na fila com algumas amigas. Testemunhas ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Um atendente pediu o endereço do local, mas as pessoas não souberam informar, e a mulher não conseguiu atendimento.

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  • 17/08/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Mulher morre esperando atendimento na fila do CRAS do Paranoá. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Um vigilante da noite, que não quis se identificar, informou que o endereço foi relatado enquanto os populares colocavam a mulher no banco de trás do veículo, rumo ao Hospital Regional do Paranoá (HRP). Em seguida, populares tentarem levar Janaína para o Hospital Regional do Paranoá (HRP) — a 800 metros do local —, mas a mulher morreu ao chegar na unidade. Informações preliminares constam que ela ficou com olhos turvos e desmaiou.

Sem conseguir emprego, ela tinha problemas psicológicos e morava com duas amigas na região após perder a mãe em 2021 e tentava atendimento há oito dias. Segundo o GDF — por meio da Secretaria de Saúde (SES) e Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) —, Janaína se sentiu mal nas proximidades do Cras do Paranoá por volta das 20h desta quarta-feira (17/8), segundo relatos de pessoas próximas, mas não procurou atendimento médico.

O governo local acrescenta que há um registro de chamado telefônico para o Samu às 4h18, mas, aos 41 segundos de atendimento, a ligação foi interrompida pelo solicitante. "Registra-se que o médico regulador sequer teve oportunidade de ser informado do quadro da paciente", argumenta a assessoria de imprensa, em nota.

Em seguida, às 4h26, o governo local alega que Janaína deu entrada no Hospital Regional do Paranoá (HRP) e foi atendida prontamente. Ela apresentava cianose de face (rosto roxo), corpo rígido e pupilas médio fixas. Na emergência, os profissionais utilizaram técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Às 5h, após várias tentativas, foi declarado o óbito da paciente. "Foi solicitada necropsia do corpo para identificar a causa da morte", finaliza o texto do GDF.

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