Economia

Presidente do Sindivarejista defende flexibilização das leis trabalhistas

No 37º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais, o presidente do Sindivarejista do DF, Sebastião Abritta, ressalta que os empresários devem pagar melhor os funcionários, no entanto, a alta carga tributária impede que isso aconteça

Eduardo Fernandes*
postado em 19/08/2022 15:32 / atualizado em 19/08/2022 15:36
Janete Vaz, conferencista e dona do Laboratório Sabin ao lado do presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta. -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Janete Vaz, conferencista e dona do Laboratório Sabin ao lado do presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta. - (crédito: Material cedido ao Correio)

Em discurso feito na abertura do 37º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais em Brasília, nesta quinta-feira (18/8), o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Sebastião Abritta, afirmou que é necessário estabelecer novos conceitos nas relações de trabalho. Para ele, as leis trabalhistas precisam ser flexibilizadas e uma nova reforma deve ser feita. Na visão de Abritta, os empresários devem remunerar melhor os empregados, mas isso só acontecerá com uma "ampla desoneração da folha". O debate para melhorias reunindo representantes de todo o Brasil continua hoje.

Ao Correio, o presidente do Sindivarejista explicou que a única forma de executar a proposta é reduzindo tributos. "Precisamos diminuir esses impostos para que possamos fazer o empresário remunerar melhor o seu funcionário. Se pagarmos melhor o funcionário, ele vai ter poder de consumo. Só que os custos dos empresários estão muito altos", critica Abritta.

Cerca de mil pessoas participaram do evento, realizado no Centro de Convenções Brasil 21. Em discurso, Sebastião Abritta falou sobre a importância do governo olhar atentamente para o varejo — uma das principais portas de entrada para o empreendedorismo e o mercado de trabalho.

Mudanças

Mesmo com as recentes mudanças trabalhistas promovidas pelo Congresso Nacional, algumas questões melhoraram, mas Abritta diz que não é suficiente, a exemplo do salário mínimo, que, pelo baixo valor, reduz o poder de compra do cidadão. "Somente a partir de mudanças nesse aspecto é que teremos uma nação próspera", reforça o presidente.

Entre os temas debatidos estão: perspectivas para o pequeno e médio comércio; liderança empresarial; tributação dos serviços prestados pelos sindicatos; relação da Confederação Nacional do Comércio e entidades de base; futuro híbrido e-commerce, lojas de rua e shoppings pós-pandemia; e inovação do varejo, realidade do mercado varejista.

Ontem, compareceram à solenidade de abertura, o ministro da Justiça, Anderson Torres; o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros; o presidente da Federação do Comércio do DF (Fecomércio), José Aparecido Freire; e a representante do ministro da Economia, Paulo Guedes, Glenda Lustosa, secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços.

Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho

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