Eleições

Ex-senador reassume comando do Solidariedade e desfaz aliança com Ibaneis

Hélio José retorna ao comando do partido no Distrito Federal, após ter sido tirado da função em maio. Ele apoiava a candidatura de Reguffe, e ao voltar ao comando da sigla, desfez a aliança com o atual chefe do Executivo local

Pablo Giovanni*
postado em 19/08/2022 01:27 / atualizado em 19/08/2022 15:06
TSE determinou o retorno do senador Hélio José ao cargo de presidente do Solidariedade no DF -  (crédito: Marcelo Camargo/EBC/Fotos Públicas)
TSE determinou o retorno do senador Hélio José ao cargo de presidente do Solidariedade no DF - (crédito: Marcelo Camargo/EBC/Fotos Públicas)

Em mais um capítulo da batalha judicial sobre o comando do Solidariedade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou o retorno do ex-senador Hélio José ao cargo de presidente da sigla no DF. Com a decisão do tribunal, o partido não confirma se apoiará Ibaneis Rocha (MDB) à reeleição.

O ex-parlamentar exercia a função de presidente do partido, mas foi afastado do cargo em maio. No lugar, assumiu o deputado federal Lucas Vergílio (GO), que estreitou laços com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Para ter a sigla ao seu lado nas eleições, Ibaneis entregou a Secretaria de Estado da Região Metropolitana do Distrito Federal ao ex-deputado federal Armando Vergílio.

Na argumentação encaminhada ao TSE, o senador justificou que não houve nenhum ato preparatório ou comunicação prévia por parte do presidente ou do diretório nacional da sigla. De acordo com o documento, a intervenção e a substituição do nome dele infringem artigos do partido.

Decisão

Ao analisar o caso, o ministro Sérgio Banhos aceitou as argumentações do parlamentar e deferiu tutela provisória para Hélio. O ministro anulou os efeitos da inativação e destituição da comissão provisória do Solidariedade no Distrito Federal. Anteriormente, o senador tinha sofrido um revés no TSE, quando teve pedido semelhante negado.

Ao Correio, o senador lembrou que foi retirado do cargo de presidente regional da sigla porque apoiava a candidatura do senador José Antônio Reguffe (União Brasil) ao Buriti. Isso contrariou o desejo do diretório nacional do partido, comandado pelo ex-deputado Paulinho da Força, que desejava apoiar Ibaneis Rocha (MDB) à reeleição ao cargo.

“Todo mundo sabe que o meu apoio era no Reguffe para governador do DF. Agora, com a decisão do TSE, vamos conversar com todos os candidatos para estreitar algum apoio. Tudo que o (Lucas) Vergílio será descartado”, afirmou. “Ele (Ibaneis) tirou o Arruda e o Reguffe do jogo político. Não descarto conversar com ele para alinharmos um pacto, mas estarei aberto para diálogo com outros candidatos”, concluiu.

Como não havia entendimento entre quem deveria exercer a presidência do partido, o ex-senador, ao que tudo indica, não será candidato a nenhum cargo político nas eleições de 2022. Ele tentará alavancar uma ação na Justiça Eleitoral para mudar a situação, assim como a retirada do apoio ao governador Ibaneis Rocha (MDB).

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

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