Covid-19

Aeroporto de Brasília deixa de exigir máscaras após decisão da Anvisa

O Aeroporto de Brasília acatou a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não exigir a obrigatoriedade do uso de máscaras nas salas de embarque do terminal aéreo e dentro das aeronaves

Isabela Berrogain
postado em 19/08/2022 10:32 / atualizado em 19/08/2022 10:32
Outras medidas como uso de álcool em gel e sanitização das aeronaves continuam em vigor  -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Outras medidas como uso de álcool em gel e sanitização das aeronaves continuam em vigor - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Após decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, informou que não será mais obrigatório o uso de máscara nas salas de embarque do terminal aéreo e dentro das aeronaves. Na última quarta-feira (17/8), a Anvisa retirou a obrigatoriedade do equipamento em aeroportos e aeronaves. Segundo a Agência, a decisão veio após uma robusta avaliação do cenário epidemiológico brasileiro e mundial.

A Inframerica afirma que o uso do acessório em áreas de livre circulação, como saguão de check-in e desembarque, era facultativo desde março deste ano. Apesar do fim da obrigatoriedade, a Anvisa continua recomendando a utilização de máscaras, inclusive por meio de avisos sonoros veiculados nas aeronaves.

A disponibilização de álcool em gel em aeroportos e aeronaves, a realização de procedimentos de limpeza e desinfecção, o funcionamento otimizado de sistemas de climatização e o desembarque organizado por fileiras são medidas de proteção que ainda devem ser mantidas.

Para Jonas Brant, epidemiologista e coordenador da Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), a decisão da Anvisa é problemática. “A medida da Anvisa passa uma mensagem de que uma das áreas que é respaldada pela ciência acha que as máscaras já não são mais necessárias”, afirma.

O profissional da saúde enxerga a resolução da Agência como uma forma de banalizar o risco de infecção por covid-19. “Essa decisão acaba sugerindo que a situação está tranquila, sendo que, quando analisamos dados do Brasil, vemos que o número de mortes continua muito alto. São mais de 200 mortes por dia que não deveriam estar sendo tratadas como algo banal”, argumenta.

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