Crime

Mentor do assassinato de traficante é pai de jovem morto em racha na L4 Sul

Celismar Pinto é considerado foragido da Justiça suspeito de ter mandado matar um dos maiores traficantes de cocaína do DF. O filho do acusado morreu em maio, após colidir o carro contra uma árvore durante um racha

Darcianne Diogo
postado em 23/08/2022 09:18 / atualizado em 23/08/2022 09:18
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Acusado de ser o mandante do assassinato de um dos maiores traficantes de cocaína do DF, Celismar Pinto da Fonseca é pai do jovem, de 19 anos, morto ao participar de um racha na L4 Sul, em maio deste ano. Ceslimar é apontado como o mentor da morte de Wesley do Espírito Santo, 42, o “Macarrão”, executado à luz do dia em frente à loja onde trabalhava, em Taguatinga Sul. 

Celismar é pai de Guilherme Gomes da Fonseca. O jovem morreu em 5 de maio após colidir o carro, um Voyage preto, contra uma árvore. As investigações da Polícia Civil (PCDF) concluíram que Guilherme participava do racha junto a um grupo de jovens. O rapaz seguia em uma velocidade de, aproximadamente, 140 km/h no momento do acidente.

No final de junho, as equipes da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) cumpriram mandados de busca e apreensão contra os cinco suspeitos. A Justiça decretou ainda suspensão da carteira de habilitação dos investigados, além de proibir que um outro envolvido possa obter o documento para dirigir.

Assassinato

Celismar é procurado por encomendar a morte de Wesley em outubro do ano passado. O barão do tráfico foi preso em 2013, em uma megaoperação que interceptou um caminhão com 110kg de cocaína que vinha de Ponta Porã (MS). Nesta terça-feira (23/8), a PCDF divulgou a foto de Celismar.

A motivação do crime logo ficou clara para a polícia. Por quase nove anos, Wesley manteve uma relação extraconjugal com a mulher do então companheiro de tráfico, Celismar Pinto. Gisele Vasconcelos foi presa com Wesley em 2013 acusada de ser a responsável por arrecadar dinheiro para o traficante.

Celismar contratou ao menos três pessoas para executar Wesley. Segundo o delegado, houve um planejamento complexo para a execução do homicídio. O homem é agiota conhecido na capital e considerado um criminoso de alta periculosidade. “Não temos dúvidas de que ele foi o mentor do crime”, afirmou Josué. Contra ele, há um mandado de prisão expedido pela Justiça do DF.

Wesley cumpria pena no regime semiaberto e saiu do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em 13 de outubro do ano passado para trabalhar como segurança numa loja de som automotivo. Na segunda semana de serviço, ele foi surpreendido enquanto estava na porta do estabelecimento. O executor desceu de um Ônix preto e usou uma pistola com seletor de rajada para efetuar cerca de 15 disparos contra o traficante. Ele morreu na hora.

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