O corpo de Janaína Nunes Araújo, 44 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (24/8), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Enquanto aguardava atendimento na fila do Cras, a vítima infartou e foi encaminhada ao Hospital Regional do Paranoá. O caso ganhou repercussão na capital do país, na última quarta-feira (17/8).
“A única coisa que vou repetir é que o que aconteceu com ela não seja esquecido. Espero que outras pessoas não passem pela humilhação e descaso que ela passou”, afirmou Iomar Torres, 61, companheira de Janaína.
Sem familiares na cidade, Janaína contava, somente, com Iomar no Distrito Federal. “Tudo que aconteceu com ela foi cansativo pra mim. O corpo ficou mais de 36 horas no hospital, mas finalmente conseguimos sepultá-la”, disse Iomar.
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Relembre o caso
Janaína foi ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Paranoá por oito dias, em busca do Benefício de Prestação Continuada (BPC), porque tinha problemas psicológicos e não conseguia arrumar emprego.
Segundo Iomar, ela fazia tratamento psiquiátrico desde 2012. Na madrugada da morte, Janaína estava com os pés inchados e teve uma crise de síndrome do pânico durante a madrugada. Quando Janaína se sentiu mal, havia cerca de 50 pessoas na fila.
Testemunhas que também estavam na fila a levaram para o Hospital Regional do Paranoá com sintomas de infarto, mas ela não resistiu.
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