Saúde pública

Corpo de mulher que morreu na fila do Cras é enterrado em Taguatinga

Janaína Nunes Araújo, 44 anos, infartou enquanto aguardava atendimento no Centro de Referência de Assistência Social, no Paranoá. Vítima foi sepultada na manhã desta quarta-feira (24/8)

Rafaela Martins
postado em 24/08/2022 22:45
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

O corpo de Janaína Nunes Araújo, 44 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (24/8), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Enquanto aguardava atendimento na fila do Cras, a vítima infartou e foi encaminhada ao Hospital Regional do Paranoá. O caso ganhou repercussão na capital do país, na última quarta-feira (17/8).

“A única coisa que vou repetir é que o que aconteceu com ela não seja esquecido. Espero que outras pessoas não passem pela humilhação e descaso que ela passou”, afirmou Iomar Torres, 61, companheira de Janaína.

Sem familiares na cidade, Janaína contava, somente, com Iomar no Distrito Federal. “Tudo que aconteceu com ela foi cansativo pra mim. O corpo ficou mais de 36 horas no hospital, mas finalmente conseguimos sepultá-la”, disse Iomar.

Relembre o caso

Janaína foi ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Paranoá por oito dias, em busca do Benefício de Prestação Continuada (BPC), porque tinha problemas psicológicos e não conseguia arrumar emprego. 

Segundo Iomar, ela fazia tratamento psiquiátrico desde 2012. Na madrugada da morte, Janaína estava com os pés inchados e teve uma crise de síndrome do pânico durante a madrugada. Quando Janaína se sentiu mal, havia cerca de 50 pessoas na fila.

Testemunhas que também estavam na fila a levaram para o Hospital Regional do Paranoá com sintomas de infarto, mas ela não resistiu.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação