Estelionato

Preso grupo que aplicava golpe do perfil falso. Veja como se proteger

Os integrantes do grupo que aplicava golpe de perfil falso captavam dados pessoais e mandavam mensagens a familiares e amigos das vítimas pedindo dinheiro. Atuação dos criminosos se estendia a todo o país

Correio Braziliense
postado em 25/08/2022 10:19 / atualizado em 25/08/2022 10:23
 (crédito: PCDF/Divulgação)
(crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em parceria com a Polícia Civil de Mato Grosso, prendeu um grupo de criminosos que aplicavam o golpe do perfil falso na internet. A operação deflagrada, nesta quinta-feira (25/8), cumpriu quatro mandados judiciais de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com a associação de estelionato que executava golpes em aplicativos de conversas.

Depois de conseguir os dados pessoais das vítimas, os criminosos entravam em contato com parentes ou pessoas próximas solicitando quantias de dinheiro. Em um dos golpes, o grupo se passou pelo filho da vítima e disse que o celular estava danificado e havia sido deixado na assistência técnica. Por conta disso, estaria usando o número novo nos próximos dias. Em seguida, os criminosos pediram que fosse feito pagamentos, alegando que o valor seria devolvido em breve.

As investigações da polícia começaram no fim de 2021, e segundo apurado, o grupo foi fundado na capital do Mato Grosso e “possivelmente aplica golpes em vítimas de diversos estados do país”, aponta nota da PCDF.

Atribuições

Os criminosos dividiam as funções de seus membros em dois núcleos: os responsáveis pelo operacional, que obtinham os dados das vítimas e habilitavam os chips de celular utilizados na fraude para enviar as mensagens falsas, e o segundo núcleo financeiro, responsável por fornecer as contas bancárias e chaves PIX repassadas às vítimas para o recebimento dos valores do golpe. A equipe também realizava saques e transferências das quantias rapidamente, para evitar a recuperação do prejuízo por quem fosse enganado.

A prática é considerada estelionato na modalidade eletrônica, com pena de quatro a oito anos de reclusão, além de associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão. Os integrantes do grupo também podem ser condenados por lavagem de capitais, com pena de reclusão de três a dez anos e multa.

Saiba como se proteger

O delegado Dario Freitas, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), destaca que o golpe do perfil falso é “uma das fraudes que vem ganhando força no Brasil com os aplicativos de mensagem”. O investigador orienta que os usuários sempre duvidem dos pedidos de empréstimos realizados pelos aplicativos e entrem em contato com a suposta pessoa que fez a solicitação para confirmarem a veracidade da situação.
Além disso, a recomendação é:

  • Nunca compartilhar o código de registro de seis dígitos recebidos por SMS;
  • Ativar a confirmação em duas etapas;
  • Proteger as informações pessoais, sobretudo, restringindo o acesso a foto de perfil apenas para os contatos salvos no celular.

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