Indiciada por subtração de incapaz, Natália Santos Sousa, 26 anos, diz estar arrependida por ter raptado a filha da amiga, uma bebê de 7 meses. Em entrevista exclusiva ao Correio, a mulher contou que pegou a criança por “gostar demais” dela e pretendia devolvê-la nesta segunda-feira (12/9).
Natália foi presa no começo da tarde desta segunda pela Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO). Ela morava no mesmo lote com a mãe da criança, Camila Alves Santos, 24, em Santa Maria, há cerca de seis meses. Na sexta-feira (9/9), Natália pediu à amiga para que ela fosse com a bebê até uma loja de celulares, no Novo Gama (GO), mas não retornou.
Desesperada, Camila pediu ajuda nas redes sociais para localizar o paradeiro da filha. Uma testemunha, moradora do Jardim Ingá (GO), contou à reportagem que, na noite de sexta-feira, Natália bateu no portão da casa dela pedindo por mantimentos, mamadeira e roupas. "Na sexta, sábado e domingo, ela passou lá em casa, sempre no período da tarde. Ela pediu comida, leite para a criança e ajudamos todos esses dias, mas sem saber de nada", relatou.
Ao Correio, Natália não soube explicar o porquê de fato pegou a criança. “Eu ia entregar ela hoje (segunda). Não ia fugir com ela.” A acusada conta que caminhou por quase três horas até chegar no município do Entorno e dormiu por três dias debaixo de árvores. No entanto, negou maus-tratos à bebê. “Eu dei leite, troquei fralda e embrulhei. Jamais iria fazer mal à ela”, se defendeu.
Prisão
A testemunha chegou a questionar Natália se ela era mãe da criança. "A todo momento, ela dizia que era tia e que a mãe não ligava para a menina, sempre difamando a mãe", disse. Por volta das 10h desta segunda-feira, a moradora soube dos fatos ao ver uma publicação nas redes sociais. "Mostrei a postagem para ela e disse que ela estava sendo dada como sequestradora e que era melhor ela entregar a bebê para a mãe."
Aparentemente, Natália não esboçou reação quando instruída a entregar a criança, segundo a testemunha. "Ela aceitou mais ou menos. Teve uma hora que começou a chorar, porque disse que a irmã estaria com a polícia e atrás dela", relatou. A mulher foi a responsável por ligar para a mãe da criança e informar o paradeiro da filha. A equipe de reportagem da TV Brasília chegou em seguida e acionou a PMGO.
Natália foi presa por subtração de incapaz e, na delegacia, falou que dormiu debaixo de árvores por três dias. Ela acumula ainda inúmeras passagens por roubos e furtos.
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