Acusação

MPDFT denuncia youtuber Klebim e mais nove pessoas na operação Huracán

O youtuber foi preso em março deste ano por coordenar um esquema milionário voltado à prática de jogos de azar de rifas ilegais. Entre os denunciados está o advogado dele

Darcianne Diogo
postado em 13/09/2022 08:06 / atualizado em 13/09/2022 14:08
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) ofereceu denúncia contra o youtuber Kleber Moraes, o Klebim, 27 anos. Outras nove pessoas foram indiciadas, incluindo o advogado dele, José Sousa de Lima. Os investigados foram alvos da operação Huracán, desencadeada em 21 de março pela Polícia Civil (PCDF) e que desmantelou um esquema milionário voltado à prática de jogos de azar de rifas ilegais e lavagem de dinheiro em nome de empresas de fachada.

Além de Klebim e o próprio advogado, os outros oito denunciados pelo MPDFT são: Vinícius Couto Farago, Pedro Henrique Barroso Neiva, Alex Bruno da Silva, Mateus Welington Sousa Cirineu, Michael Fernandes da Silva, Henrique Sadao Ramos de Araújo, Ronyel Santos Castro e Douglas Muniz Dutra.

No crime de organização criminosa, o MPDFT apresentou denúncia contra Kleber, Pedro, Alex Bruno e Vinícius - o mesmo que chegou a ser preso por atropelar e matar um jovem de 26 anos no Guará. Segundo consta no documento, entre novembro de 2019 e março de 2022, os quatro investigados se utilizaram da conta bancária pertencente à empresa Estilodub e integraram organização criminosa para obter vantagem econômica, mediante a prática de crimes de lavagem de dinheiro. Os recursos financeiros  eram angariados a partir da exploração de jogos de azar por meio de venda ilícita de rifas de veículos.

As rifas variavam entre R$ 5 e R$ 50 e eram vendidas pela internet. De acordo com o MPDFT, para ocultar e dissimular a origem do dinheiro dos sorteios ilegais, os denunciados utilizaram algumas empresas como fachada. Por meio delas, eles recebiam valores oriundos da contravenção penal de jogo de azar e geravam notas fiscais falsas.

Klebim, Pedro, Alex e Vinícius também foram denunciados por exploração de jogos de azar. Pela internet, o grupo promovia e divulgava os sorteios de diversos veículos em redes sociais e por um site específico. As investigações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) revelaram que, no período de diligências, os acusados sortearam ao menos 12 veículos de maneira ilícita.

Lavagem de dinheiro

De acordo com o MPDFT, os investigados criaram uma estrutura organizacional criminosa com a finalidade de ocultar e dissimular a natureza e a origem dos recursos financeiros obtidos na venda das rifas. Dessa forma, eles criaram várias empresas de fachada para que os valores pudessem ser "branqueados" mediante a emissão de notas fiscais falsas.

O advogado de Klebim, José Sousa Lima, teria sido contratado pelos investigados para realizar o desbloqueio junto a plataformas de pagamento do dinheiro oriundo das rifas ilegais pela internet. Mas, segundo o Ministério Público, o profissional extrapolou os limites da legítima atuação ao auxiliar os acusados no "branqueamento" desses recursos financeiros.

Também foram denunciados por lavagem de dinheiro Ronyel, Matheus e Douglas por oferecerem as contas bancárias para o recebimento desses valores. Caso a Justiça aceite a denúncia contra os investigados, eles se tornarão réus.

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