Entrevista

"A grande preocupação é a saúde", destaca Flávia Arruda (PL)

Ao CB.Poder, a candidata ao Senado Flávia Arruda (PL) avalia que a principal demanda da população é acesso a atendimento médico. Transporte público é outro fator que ela considera crítico no DF. Em entrevista, a parlamentar criticou ofensas que têm recebido de adversários

Carlos Silva*
postado em 20/09/2022 06:00 / atualizado em 20/09/2022 16:47
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Flávia Arruda (PL) aposta nas alianças políticas como elemento fundamental para viabilizar propostas de campanha para o Senado, como a melhoria na saúde pública e no transporte público. "Acho que a principal ferramenta que nós temos é da articulação tanto com a União quanto com o Governo do Distrito Federal", disse, em entrevista ao jornalista Carlos Alexandre de Souza, no CB.Poder — parceira entre Correio e TV Brasília. A deputada também comentou sobre os ataques feitos por opositores.

Qual é a estratégia da sua campanha?

A minha estratégia é a que eu venho fazendo há quatro anos. Muito trabalho, proposta e entrega. A nossa campanha é de rua, ouvindo as pessoas e estando ao lado delas, que é a forma que eu aprendi e como eu acho que a política deve ser feita: ouvindo a população e correspondendo às demandas que nos são colocadas.

Nessa conversa com os eleitores, o que eles dizem?

Tem todo tipo de demanda, mas a grande preocupação é a saúde. É uma demanda maior, eu diria, porque vivemos dois anos e meio de pandemia. Sabemos que a saúde pública no Brasil é um gargalo muito grande. Temos o SUS, que hoje é uma referência mundial, mas nos últimos dois anos e meio isso tudo ficou muito represado. O investimento na saúde é fundamental. Como deputada, destinei recursos para construção das UPAs e reforma de hospitais, mas precisamos investir muito mais, não só no pessoal, no atendimento, na valorização da carreira, como em mais dois hospitais, no Recanto das Emas e em São Sebastião. Quem tem problema de saúde tem pressa, a saúde não espera.

O que a senhora propõe para a Saúde sendo eleita?

Tem que fazer investimento. A principal ferramenta que nós temos é da articulação tanto com a União quanto com o Governo do Distrito Federal. São fundamentais a valorização do servidor da saúde e o investimento em equipamentos públicos. Outro ponto que defendo muito é que voltemos os convênios com a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). A região do Entorno sobrecarrega a saúde pública do DF, porque não tem capacidade de atendimento. Como deputada, destinei recursos das minhas emendas impositivas para todos os prefeitos do Entorno, para construção de UPAs. Em Águas Lindas (GO), especificamente, para construir a primeira maternidade. Águas Lindas é uma cidade grande que não tinha maternidade, todos os bebês nasciam no DF.

Esse é um problema histórico e precisa de uma atenção da esfera federal, no sentido de que não são as duas unidades, DF e Goiás, que poderão resolver. É preciso pensar em uma solução que passe pelo Senado?

Temos que trabalhar em cima do pacto federativo, dentro do Senado Federal, e com a reforma tributária, que é fundamental. Brasília é município e estado. A região do Entorno, que foi criada muitos anos atrás, inclusive pelo José Roberto Arruda, quando era senador, é integrada ao desenvolvimento. Não podemos ter essa competitividade. O Distrito Federal e o Entorno fazem parte da mesma região. Acho que a Ride precisa ser fortalecida. Temos, por exemplo, o problema do transporte público. A população não pode esperar. Temos que sentar à mesa, e eu fiz esse encontro, há pouco mais de um mês, do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), com o de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), na minha casa, com todos os prefeitos do Entorno para que colocássemos na mesa uma solução.

E o que que ficou acordado?

Ficou combinado que os secretários de Transporte das duas unidades da Federação iriam conversar para decidir como agir. O transporte público está sucateado. Ao mesmo tempo, os donos das empresas ficam em um insegurança jurídica se podem investir e se isso vai ficar no Distrito Federal ou em Goiás. Então, sugeri, como alguém de interlocução, que os dois governadores dialoguem e cheguem a uma uma fórmula que beneficie a população, a qual não pode ficar andando em um transporte público tão precário como esse das regiões do Entorno do DF.

A senhora tem sido alvo de críticas muito fortes, até desleais. O que tem a dizer em relação a esses ataques?

Eu não diria crítica, porque crítica fazemos contra opiniões. Estou sendo vítima de violência política contra a mulher, de um crime de fake news e de ofensa à minha honra, à minha família, ao meu marido e às minhas filhas. Esse tipo de coisa não podemos admitir em lugar nenhum. Eu sou uma deputada federal que luta pelas causas das mulheres. Sempre defendi o respeito à mulher, o combate à violência contra a mulher e estou sendo hoje alvo dos maiores ataques. Isso não me faz esmorecer, não paro a minha campanha. As minhas filhas, o meu marido e a minha família são bem mais preciosos que eu tenho. Vamos partir para debate de ideias e não agressão pessoal.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho

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