Otimismo

Dia das Crianças farto: vendas no comércio devem aumentar 19,5%

Pesquisa realizada pela Fecomércio projeta que R$ 180 milhões serão injetados na economia do DF. Consumidores e lojistas estão otimistas com a data, que deixou de ser comemorada por causa da covid-19

Mila Ferreira
postado em 07/10/2022 06:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Pesquisa divulgada pelo Instituto Fecomércio-DF no último dia 20 de setembro aponta uma projeção de aumento de 19,5% nas vendas e a injeção de R$ 180 milhões na economia local do Distrito Federal no Dia das Crianças deste ano. Segundo a pesquisa, 72,9% dos empresários acreditam que as vendas serão melhores do que em 2021, representando quase o dobro dos que acreditavam nesta melhoria no ano passado: 37,75%. Os dados foram coletados entre os dias 8 e 18 de agosto de 2022. A pesquisa entrevistou 514 consumidores e 502 representantes de empresas de diferentes segmentos.

Para o presidente da Fecomércio, José Aparecido Freire, as boas expectativas refletem o fato de a população ter voltado a circular normalmente após o período crítico da pandemia. "Agora, será possível fazer as compras com as mãos e com os olhos, não apenas on-line. A nossa pesquisa mostra que a quantidade maior de vendas será feita nos shoppings e comércios de rua. O momento de retomada é agora e a tendência é um bom crescimento nas vendas", declarou. "É bom destacar que, aqui no DF, a confiança dos empresários do comércio vem subindo desde março", acrescentou Freire.

Os consumidores entrevistados projetaram aumento de 42,8% no valor a ser gasto com presente para as crianças. Enquanto em 2021 os gastos com cada presente ficaram em torno de R$ 127,96, este ano as pessoas devem desembolsar pelo menos R$ 182,76.

A massoterapeuta Franciey Maciel, mãe de duas crianças, conta que, para 2022, além de investir aproximadamente R$ 200 no presente de cada filho, também planeja uma viagem com a família no feriado do Dia das Crianças. "Eu costumo levá-los para brincar no parque Nicolândia, no shopping para comprar presente e também no Mc Donald´s para comer batata frita. Neste ano, além dos presentes, também passaremos a data na praia", contou.

A maioria dos lojistas (65,9%) declarou que vai utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas, destacando a diversidade de produtos (25,52%) e a vitrine temática (19,4%). Cerca de 90% indicaram que manterão os preços dos produtos em relação ao ano passado. A expectativa média entre aqueles que farão reajuste é 8,94%.

Antônio Cláudio Cordeiro, dono de uma loja de artigos infantis e comerciante há 30 anos, conta que o momento é bom para os negócios. "O dia das crianças é a segunda melhor data para vendas aqui, depois do Natal", comparou. "Quando a inflação começou a disparar, no final do ano passado, eu fiquei com medo do poder de consumo diminuir, mas isso não aconteceu", completa. O lojista conta ainda que está faturando mais em 2022 do que nos dois últimos anos. "Existia uma ideia de que as coisas não iam voltar ao normal no comércio após a pandemia, mas isso não foi verdade. As vendas voltaram ao normal. Inclusive, estamos faturando um pouco mais do que antes. Eu acredito que a economia está aquecida", finalizou.

O presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, avalia o Dia das Crianças como uma das melhores datas para o varejo. "A queda no valor do litro da gasolina faz com que as pessoas tenham um poder aquisitivo maior, apesar da inflação", avalia. "Temos 100% da cadeia produtiva em funcionamento. Acredito que subirão as vendas não só de brinquedos, calçados e roupas, como também de eletrônicos, bens, serviços, ingressos para parque, cinema e zoológico", completou. Abritta.

Lojistas

Na mesma perspectiva, a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal, CDL-DF, projeta um cenário  otimista para o movimento do comércio em outubro, por causa dos Dia das Crianças. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) estima que 73% dos brasileiros pretendem presentear na data, e a estimativa é de que o comércio brasileiro tenha um aporte de R$ 13,68 bilhões.

De acordo com a pesquisa, alguns dos fatores que mais influenciam os consumidores na escolha do estabelecimento são os preços (52%), promoções e descontos (43%), a qualidade dos produtos (41%) e frete grátis (34%). O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), Wagner da Silveira Jr. alerta aos lojistas para o período de pico nas vendas. "44% dos consumidores pretendem comprar os presentes na primeira semana de outubro, e o principal local de compra estará concentrado nos pontos físicos", pontua.

 

 

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