Pais de jovem do DF com escoliose criam vaquinha para cirurgia de R$ 85 mil

Há três meses, a escoliose de Tayanara, 16 anos, piorou e a curvatura da coluna da menina, que também tem paralisia cerebral, aumentou para 90°. Família não conseguiu cirurgia na rede pública do DF

Pedro Marra

postado em 06/10/2022 17:41 / atualizado em 08/10/2022 23:49

Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose - (crédito: Arquivo pessoal)

Os pais da adolescente Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, moradores de Ceilândia Sul, estão com vaquinha aberta para a filha, que tem paralisia cerebral e escoliose, passar por uma cirurgia, avaliada em R$ 85 mil. A doença fez aumentar a curvatura da coluna da jovem de 45º para 90º nos últimos três meses. A menina está com quatro buracos abertos nas costas, consequência da primeira cirurgia feita em 30 de janeiro de 2018, na Associação de Assistência à Criança Deficiente, em São Paulo (SP).

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  Ednelson com a filha Taynara, que tem paralisia cerebral e escoliose Arquivo pessoal
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  Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, que tem paralisia cerebral e escoliose Arquivo pessoal
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  Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose Arquivo pessoal
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  Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose Arquivo pessoal
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  Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose Arquivo pessoal
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  Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose Arquivo pessoal
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  Raio-x feito em Tayanara Medeiros de Souza, 16 anos, com sequelas de cirurgia de escoliose Arquivo pessoal

 

Na unidade de saúde, foram colocados 24 pinos e 52 pontos no corpo da menina. À época, os médicos inseriram duas hastes de titânio na vértebra L3 até a bacia da jovem. Os familiares usaram o plano de saúde para Tayanara ser atendida, mas, desde então, ela perdeu o convênio e a família ficou à mercê da rede pública de saúde.

Pai da jovem, o motorista Ednelson Pereira de Souza, 40, conta que, em 17 de agosto, foi com a filha à Unidade Básica de Saúde (UBS 10) de Ceilândia, onde recebeu encaminhamento ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). No mesmo dia, já no HRT, o ortopedista disse que não poderia atendê-la porque a unidade estava cheia.

No HRT, pediram para esperar de 15 a 30 dias ou mais, pois a rede pública só faz cirurgia no Hospital Regional do Paranoá (HRPa). "O médico do HRT deu encaminhamento para o HRPa, mas o sistema não funcionava", lamenta Ednelson.

Cirurgia marcada

Com passagens de avião compradas para chegar ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 23 de outubro, os pais esperam que dê tudo certo. Em 24 de outubro, Tayanara faz exames médicos. A cirurgia está marcada para o dia seguinte, na AACD.

A equipe médica pediu um raio-x da coluna vertebral da jovem, feito em hospital particular de Ceilândia Sul, em 10 de agosto. Os pais da menina arcaram com os custos: consulta, de R$ 400; tomografia, R$ 700; e raio-x, de R$ 70. O total chegou a R$ 1.170.

"Vamos ficar em hotel lá, que não está incluso na vaquinha, somente o procedimento médico. Espero que as pessoas ajudem, pois ela está chorando muito. E como é magrinha, os pinos criaram um buraco, com risco de infecção", alerta o pai da adolescente. 

O que diz a Secretaria de Saúde do DF?

Em nota, a Secretaria de Saúde informa que o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) entrou em contato com a mãe da paciente para ofertar a internação, mas a família não aceitou. A jovem está inserida na regulação para aguardar a cirurgia.

A pasta destaca que as cirurgias obedecem a uma ordem de classificação e prioridade, em que pacientes graves são priorizados. A SES-DF confirmou que, em 17 de agosto, a paciente recebeu o atendimento no Hospital de Taguatinga (HRT), após ter sido encaminhada pela unidade básica de saúde (UBS).

Contribua

A vaquinha de Taynara, com meta de R$ 85 mil, está disponível neste link. No momento em que esta matéria foi publicada, a família havia arrecadado R$ 2,1 mil.