Organização criminosa

Lideranças do PCC que atuavam na célula do DF foram alvos de megaoperação

Os líderes integravam o chamado "Geral do Estado" e tinham um maior controle sobre a célula no DF, auxiliando nas atividades do tráfico de drogas e na angariação e no batismo de novos membros

Darcianne Diogo
postado em 18/11/2022 13:22 / atualizado em 18/11/2022 13:22
Operação contra o PCC no DF -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Operação contra o PCC no DF - (crédito: PCDF/Divulgação)

Dos 21 alvos da operação Saturação, desencadeada na manhã desta sexta-feira (18/11), três deles atuavam na liderança da célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) de Brasília e foram presos. Investigadores da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor) cumpriram, ainda, 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Planaltina, Ceilândia, Paranoá e nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

As lideranças integravam o chamado “Geral do Estado” e tinham um maior controle sobre a célula no DF, auxiliando nas atividades do tráfico de drogas e na angariação e no batismo de novos membros. No DF, foram presos um homem e uma mulher, em Ceilândia e no Riacho Fundo 2. Segundo as investigações, a mulher era responsável pela gerência da ala feminina do PCC no DF, enquanto o suspeito cuidava dos criminosos do sexo masculino. O terceiro preso, morador de Osasco (SP), ficava responsável pela coordenação setorial do tráfico de drogas, bem como o recebimento de valores, fornecimento e distribuição.

  • 18/11/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coletiva na DECOR sobre prissão de membros do PCC. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 18/11/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coletiva na DECOR sobre prissão de membros do PCC. Delegado Jean Felipe Mendes. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 18/11/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coletiva na DECOR sobre prissão de membros do PCC. Delegado Rafael Póvoas. (camisa cinza) com o Delegado Jean Felipe Mendes. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 18/11/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coletiva na DECOR sobre prissão de membros do PCC. Delegado Rafael Póvoas mostra o bloqueador de internet apreendido com a facção. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 18/11/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coletiva na DECOR sobre prissão de membros do PCC. Delegado Rafael Póvoas mostra o bloqueador de internet apreendido com a facção. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • membro pcc sendo preso PCDF/ divulgação
  • Operação contra o PCC no DF PCDF/Divulgação

“Durante um ano e seis meses, conseguimos constatar a tentativa de estabelecimento no DF, se organizando em setores e funções e buscando apoio de integrantes que se encontram no sistema penitenciário. Com a prisão dessas lideranças, principalmente, acreditamos que isso causará grande impacto na capacidade articulatória do grupo”, afirmou o delegado-adjunto da Draco, Jean Felipe Mendes.

De acordo com o delegado-chefe da Draco, Rafael Póvoas, nos endereços dos investigados, a polícia apreendeu drogas, munições e até um aparelho de bloqueador de sinal e um identificador de sinais magnéticos. Mais de 100 policiais civis do DF, de São Paulo e de Minas Gerais participaram da operação. Os mandados também foram cumpridos em unidades prisionais do Novo Gama (GO) e de Uberlândia (MG).

O PCC no DF

Mesmo com a transferência do chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, à Penitenciária Federal em Brasília, em março de 2019, o PCC não conseguiu se estabelecer no DF, graças ao trabalho desenvolvido pela delegacia de combate ao crime organizado, antiga Deco, hoje Draco/Decor.

Em oito anos, a especializada desencadeou dezenas de operações voltadas ao combate às facções criminosas. Entre as operações de destaque estão a do Tabuleiro, em 2014; Palestina (51 denunciados), em 2015; e Legião (54 denunciados), em 2016. Em 2018, também foram realizadas as operações Prólogo (23 denunciados), Hydra (60 denunciados), Fora do Ar, que cumpriu 16 mandados de prisão e de busca e apreensão, e Continuum (14 mandados, sendo sete de prisão preventiva e sete de busca e apreensão).

Esse conjunto de operações, realizadas pela PCDF, impede o estabelecimento e o crescimento de facções de âmbito nacional no Distrito Federal, como ocorre em outras unidades da federação.

 

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