CB Poder

Inovação é palavra-chave para próxima gestão, diz secretária de Educação do DF

Entre outros projetos, gestora anunciou implementação de projetos-piloto de energia fotovoltáica em escolas públicas e construção de novas escolas técnicas

Mila Ferreira
postado em 29/11/2022 17:45 / atualizado em 30/11/2022 13:30
 (crédito: Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, no posto desde julho de 2021, foi reconduzida ao cargo e, para a próxima gestão, anunciou projetos de inovação na rede pública de ensino. A gestora foi a convidada desta terça-feira (29/11) do programa CB Poder — parceria entre Correio Braziliense e TV Brasília. Em entrevista ao jornalista Carlos Alexandre, a secretária informou que estão previstas inaugurações de duas escolas técnicas no DF: uma em Santa Maria, que iniciará as atividades em 2023, e outra no Paranoá. Além disso, entre outros projetos, a gestora anunciou ainda a implementação de uma incubadora de startup no DF, onde a capacidade empreendedora dos estudantes poderá ser estimulada.

"Nessa incubadora, os meninos criariam startups em busca de soluções governamentais e também das empresas da iniciativa privada", explicou Hélvia. Nas escolas técnicas, serão ofertados novos cursos, como por exemplo o de cuidadores de idosos, que tem uma grande demanda atualmente. "As pessoas estão vivendo muito, a medicina avançou e, com isso, as pessoas estão mais longevas por conta de alimentação saudável e cuidados com a saúde. Surgiu esse nicho. Estamos trabalhando no sentido de colocar cursos que tenha necessidade no mercado", declarou a secretária. A gestora explicou ainda que, dos alunos que concluem o ensino médio, só 21% concluem algum curso superior. "Precisamos dar formação para que os jovens que escolhem não fazer uma universidade não fiquem à margem", disse ela.

Dois projetos-pilotos para substituir energia convencional por fotovoltaica em escolas públicas também estão previstos para a próxima gestão, o que representará uma economia significativa aos cofres públicos. "É uma economia significativa para a rede pública de ensino para que possamos usar esse recurso e investir em outras áreas na secretaria, com outros projetos pedagógicos", explicou a secretária. Além disso, Hélvia informou também que, a partir de abril de 2023, a secretaria deve chamar os professores aprovados no último concurso.

 

 

 

Durante a pandemia, quando as aulas estavam suspensas, o GDF fez reformas e manutenções em algumas escolas da rede pública. "As escolas passaram por uma série de reformas, foram preservadas quase que na totalidade. Tem três em Samambaia que partimos para a reconstrução, escolas antigas, que o pessoal chamava escolas de lata e de módulo. Chegou o momento de inovar", ressaltou.

Segundo a gestora, para o próximo ano, a secretaria de Educação pretende, por meio da telemedicina, reativar a área da saúde escolar, como forma de desafogar a secretaria de Saúde e dar um suporte aos estudantes nos cuidados com bem-estar e com o corpo. "Vamos fazer um projeto piloto de telemedicina para atender o aluno à distância dando todas as orientações em cima do que ele está sentindo. Se chegou febril na escola, ao invés de simplesmente mandar para casa, nós já fazemos uma chamada com o centro para que eles possam fazer um diagnóstico", explicou Hélvia. "Às vezes, é uma coisa pequena, mas que, por falta de equipamentos e profissionais que possam fazer o primeiro atendimento, a gente acaba engrossando as filas dos hospitais com essas crianças", completou.

Após o período de isolamento imposto pela pandemia, a secretaria de Educação enfrenta ainda um grande desafio que interfere na recomposição de aprendizagens: lidar com o estresse causado pela pandemia e consequentes problemas de socialização. "Montamos um comitê com foco em cultura de paz. A saúde, a segurança pública, secretaria de justiça, de juventude estão contribuindo", contou ela. Para isso, o GDF está recebendo ajuda do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na busca ativa e recomposição das aprendizagens. "Eles têm muita experiência em países africanos e latino-americanos. A perda pode representar entre 4 e 5 anos de atraso. A gente vai levar mais um tempo, mas estamos otimistas, porque, hoje, já temos a rede mapeada. Nós sabemos exatamente o número de alunos que precisam ter um tratamento mais individualizado para que possamos recompor as aprendizagens", afirmou a secretária.

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