Ato democrático

Grupo protesta após vandalismo com urina e fezes em bar da Asa Norte

Objeto Encontrado, cafeteria na quadra 102 da Asa Norte, reuniu 300 pessoas para repudiar xixi feito por um homem no local e fezes encontradas no estabelecimento

Pedro Marra
postado em 03/12/2022 21:35 / atualizado em 03/12/2022 21:35
Protesto no bar Objeto Encontrado após vandalismos com fezes e xixi -  (crédito: Pedro Marra/CB/D.A. Press)
Protesto no bar Objeto Encontrado após vandalismos com fezes e xixi - (crédito: Pedro Marra/CB/D.A. Press)

O bar e cafeteria Objeto Encontrado, na quadra 102 da Asa Norte, realizou, na noite deste sábado (3/12), um protesto em repúdio ao vandalismo sofrido com urina e fezes no estabelecimento. O evento reuniu aproximadamente 300 pessoas, donos de bares e ativistas sociais que entoaram gritos com pedido de respeito.

  • Protesto no bar Objeto Encontrado após vandalismos com fezes e xixi Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Grafiteiro Pedro Sangeon, conhecido como Gurulino, faz grafite no bar Objeto Encontrado Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Deputada distrital Arlete Sampaio discursa em protesto no bar Objeto Encontrado após vandalismos Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Grafiteiro Pedro Sangeon, conhecido como Gurulino, faz grafite no bar Objeto Encontrado Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Grafiteiro Pedro Sangeon, conhecido como Gurulino, faz grafite no bar Objeto Encontrado Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Ato em protesto contra a violência política. Bar Objeto Encontrado, na 102 N. Pedro Saegom (Gurulino), grafiteiro. Carlos Vieira/CB/D.A.Press
  • Ato em protesto contra a violência política. Bar Objeto Encontrado, na 102 N. Pedro Saegom (Gurulino), grafiteiro. Carlos Vieira/CB/D.A.Press
  • Ato em protesto contra a violência política. Bar Objeto Encontrado, na 102 N. Lucas Hamu, proprietário do bar. Carlos Vieira/CB/D.A.Press
  • Ato em protesto contra a violência política. Bar Objeto Encontrado, na 102 N. Lucas Hamu, proprietário do bar. Carlos Vieira/CB/D.A.Press
  • Homem urinou na porta do estabelecimento, na Asa Norte material cedido ao Correio
  • De acordo com o proprietário da cafeteria, só nessa semana o estabelecimento foi alvo de quatro vandalismo material cedido ao Correio
  • O carro de uma das funcionários teve a maçaneta recheada de fezes material cedido ao Correio

Para o proprietário do bar, Lucas Hamu, 33 anos, o caso não envolve agressão física ou verbal, mas é preocupante. "Ao mesmo tempo, acho que a gente tem que olhar muito para o contexto do que foi feito, pois estamos falando de uma agressão de vandalismo com um simbolismo de intimidação para nos amedrontar", opina.

Intimidação

O dono do espaço lembra que, em 27 de novembro, as câmeras de segurança do bar registaram um homem de camisa rosa fazendo xixi na entrada do bar, às 2h29, quando o local estava fechado. "É uma política do Bolsonaro durante esses quatro anos de conflito, violência e ódio", conclui Lucas. Um vaso de plantas do bar também foi quebrado.

Grafiteiro Pedro Sangeon, conhecido como Gurulino, faz grafite no bar Objeto Encontrado
Grafiteiro Pedro Sangeon, conhecido como Gurulino, faz grafite no bar Objeto Encontrado (foto: Pedro Marra/CB/D.A. Press)

A manifestação reúne DJ, políticos como o deputado distrital eleito Max Maciel (PSol), a deputada federal Eryka Kokay (PT) e ativistas sociais. O grafiteiro Pedro Sangeon, 42, conhecido como Gurulino, vai fazer um desenho no local que representa a união de pessoas que concordam com ideais progressistas defendidos pelo bar.

"É um grafite dedicado a criar união entre as pessoas que pensam parecido. Então, a ideia do mural é criar uma espécie de patuá de proteção para a gente poder lembrar que a nossa principal arma é a forma de a gente pensar a nossa união", comenta o artista.

Gurulino cita que há duas formas de se trabalhar o uso simbólico da arte por meio das coisas e a metáfora com os acontecimentos. "Pessoas desse tipo que fazem isso também estão usando o simbólico, mas usam de uma forma covarde, porém não conseguem fazer abertamente como a gente faz. Então, usam um ato simbólico para se esconder", analisa o grafiteiro.

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