PRESO POR ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Indígenas se aproximam do STF e exigem contato com cacique preso pela PF

O indígena José Acácio Serene Xavante foi preso por determinação do ministro Moraes e a pedido da PGR, acusado de atos antidemocráticos. O grupo se reuniu na Praça dos Três Poderes

Michelle Portela
Aline Gouveia
postado em 25/12/2022 19:15 / atualizado em 25/12/2022 19:26
Indígenas invadem área do STF -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Indígenas invadem área do STF - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um grupo de indígenas se aproximou do Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (25/12), para exigir contato com o José Acácio Serene Xavante, conhecido como Cacique Serere Xavante. O líder indígena e bolsonarista foi preso pela Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os arredores do prédio do STF são cercados, como medida de segurança, a fim de minimizar os riscos de depredação do patrimônio público ou qualquer outro ato de violência. Policiais militares chegaram ao local e tentaram negociar a saída dos indígenas. Por volta das 19h, o grupo aceitou sair e começou a se dispersar.

O grupo critica a prisão do cacique e exigiu o contato com o líder. Eles afirmaram que José Acácio está "incomunicável". Após o diálogo com os policiais militares os indígenas se afastaram do STF, mas ainda se mantêm na Praça dos Três Poderes.

  • Indígenas invadem área do STF Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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  • Indígenas invadem área do STF Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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Entenda o caso

O Cacique Serere Xavante, que se tornou conhecido por liderar indígenas bolsonaristas em atos em espaços públicos como o Park Shopping, foi preso na segunda-feira (12/12) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A prisão foi pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), núcleo ligado ao governo federal, que entendeu que a detenção do indígena é uma forma de garantir a ordem pública.

A prisão foi apontada, pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), como o motivo para o início de vandalismos feitos por bolsonaristas na noite do dia 12 de dezembro. Um grupo de apoiadores ateou fogo em um ônibus e em outros veículos, além de entrarem em confronto com a polícia e depredarem a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).

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