Servidor que cobrava até R$ 50 mil para falsificar emissão de vistos é preso

Além de ensinar aos clientes como se portar em entrevista nas embaixadas, o homem de 41 anos forjava documentos. A PCDF cumpriu mandado de prisão na casa do investigado, em Cristalina (GO)

Pablo Giovanni*

postado em 03/01/2023 20:43 / atualizado em 03/01/2023 20:43

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta terça-feira (3/1), um servidor público de 41 anos, investigado de crimes de falsificação de documentos para a emissão de vistos em embaixadas e consulados.

Chamada de Operação Legatio — embaixada em latim —, os policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf/PCDF) cumpriram o mandado de busca e apreensão na residência do investigado, em Cristalina (GO).

O servidor “ensinava” as pessoas a como se portarem durante as entrevistas nas embaixadas, para a obtenção do passaporte, mas também forjava documentos, como contracheques, declarações de imposto de renda e de bens, certidões de casamento e comprovantes de matrícula. 

Pelo serviço, era cobrado o valor de R$ 2 mil por pessoa. Se o cliente conseguisse sair do país, teria que pagar mais R$ 50 mil. 

As investigações tiveram início há seis meses, e já foram presas sete pessoas que utilizaram documentos falsos produzidos pelo servidor. “Essas pessoas podem ser condenadas a penas de até seis anos de reclusão”, destaca o coordenador da Especializada, delegado Wisllei Salomão. 

A operação segue, no intuito de encontrar mais pessoas envolvidas no esquema.

 

 

*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti

 

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