Chacina

Chacina: foragido é membro do PCC e atuava de dentro do presídio para facção

Carlomam dos Santos Nogueira seria o quarto envolvido na chacina que chocou o Brasil

Darcianne Diogo
postado em 22/01/2023 10:42 / atualizado em 22/01/2023 20:29
 (crédito: Foto cedida ao Correio)
(crédito: Foto cedida ao Correio)

Suspeito de participar da chacina familiar no Distrito Federal, o quarto foragido é integrante da maior facção do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). O Correio apurou que Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos, foi alvo de uma operação desencadeada em 2018 pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) contra membros da cúpula atuantes em presídios da capital. À época, os investigadores cumpriram 26 mandados judiciais, sendo 13 de prisão preventiva.

As investigações conduzidas pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) sobre a chacina que vitimou ao menos cinco pessoas da mesma família indicaram a participação direta de Carlomam no crime. O homem estaria envolvido no desaparecimento de, ao menos, 10 pessoas, e na morte da cabeleireira Elizamar da Silva, 37 anos; os filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6; e o sogro dela, Marcos Antônio Lopes de Oliveira.

Carlomam é velho conhecido da polícia e acumula passagens criminais por roubo, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e receptação qualificada. Em 2018, enquanto esteve preso no Complexo Penitenciário da Papuda, o criminoso foi alvo da operação Prólogo. Segundo as investigações da época, internos de seis estabelecimentos prisionais do DF estariam atuando de dentro da cadeia para o fortalecimento da cúpula, como o batismo de novos membros e a ligação entre faccionados da capital e do Entorno. Foram apreendidas cartas e cadernetas dentro de celas usadas pelos custodiados para a transmissão de mensagens, com conteúdo criminoso, para outros criminosos.

Procura

O Correio apurou, com base em fontes policiais, que Carlomam teria o mesmo envolvimento que Horácio Carlos, 49, e Gideon Batista, 55, no crime que abalou todo o país. O foragido teria participado do sequestro e dos assassinatos das vítimas.

A PCDF já chegou ao encalço de Horácio, Gideon, ambos presos na segunda-feira (12/1). Além dos dois, os investigadores detiveram Fabrício Silva Canhedo, 34, o homem contratado para vigiar o cativeiro onde Renata Juliene Belchior, 52, mulher de Marcos, e a filha do casal, Gabriela Belchior, 25, foram mantidas em cárcere privado, em uma casa localizada no Vale do Sol, em Planaltina.

Renata e Gabriela são dadas como desaparecidas. Em depoimento, Horácio confessou que as duas foram estranguladas e carbonizadas dentro de um carro, em uma via de Unaí (MG). O veículo foi encontrado no sábado passado e a polícia confirmou se tratar de duas pessoas do sexo feminino. No entanto, as identidades ainda não foi possível, uma vez que o laudo do IML não ficou pronto. Os investigadores ainda procuram por Thiago Gabriel Belchior, 30, esposo de Elizamar; a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina; e a filha dela, Ana Beatriz.


A polícia pede para que, caso alguém tenha informações sobre o paradeiro de Carlomam, denuncie pelo número 197, da Polícia Civil. O sigilo é garantido.

 

 

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