Crime

Chacina no DF: adolescente suspeito de participar dos crimes é liberado

De acordo com informações da Polícia Civil do DF (PCDF), o menino foi liberado pois não foi pego em flagrante e não havia mandado de apreensão aberto em seu nome

Darcianne Diogo
Ana Maria Pol
postado em 25/01/2023 10:24 / atualizado em 25/01/2023 10:24
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

O adolescente de 17 anos suspeito de participar da chacina contra uma família do Distrito Federal foi solto nesta quarta-feira (25/1). De acordo com informações da Polícia Civil do DF (PCDF), o menino foi liberado pois não foi pego em flagrante e não havia mandado de apreensão aberto em seu nome. Até então, havia a suspeita de que ele teria um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF), por ocorrências anteriores.

O jovem, que não teve a identidade divulgada, prestou depoimento na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente I, ainda nesta terça-feira (24/1). A prisão aconteceu após militares receberem uma denúncia anônima de que ele estaria escondido em uma casa, no Itapoã. Ao Correio, o segundo tenente Yuri, da PMDF, confirmou a apreensão.

Segundo ele, o adolescente estava na residência de um amigo. Em depoimento informal aos policiais, o suspeito disse ter recebido R$ 2 mil para participar da chacina, mas negou ter tido envolvimento direto com as mortes. Uma segunda pessoa foi conduzida à delegacia. Segundo informou o tenente, não há indícios de que o homem esteja envolvido na chacina, mas ele prestará depoimento na delegacia por ter sido encontrado na companhia do adolescente.

Como não existia mandado de prisão ativo, após os procedimentos legais, o adolescente foi liberado, mas, para assegurar a integridade física e tendo em vista a gravidade social dos fatos, a DCA I representou, com base no artigo 174 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a internação provisória do adolescente enquanto o caso é apurado.

Chacina

A maior chacina da história do Centro-Oeste abalou todo o país. Dez pessoas da mesma família foram mortas de maneira brutal. São elas: a cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e os filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6; o marido dela, Thiago Belchior, 30; os sogros de Elizamar, Renata Juliene Belchior, 52, e Marcos Antônio Lopes, 54; a filha de Renata, Gabriela Belchior, 25; a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina, e a filha do casal, Ana Beatriz — a única que ainda não teve o corpo identificado.

Na noite de segunda-feira (23/1), os policiais civis localizaram três corpos dentro de uma fossa, no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina. Laudo do IML confirmou as identidades de Thiago e Cláudia. Ainda não foi possível a identificação do terceiro corpo, mas, segundo as investigações, a suspeita é de que seja de Ana Beatriz.

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