Investigação

Gestores do Iprev são investigados por irregularidades financeiras

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Iprev, na empresa suspeita de envolvimento, e nas casas dos investigados no DF, em SP e em Teresina

Correio Braziliense
postado em 09/02/2023 10:05 / atualizado em 09/02/2023 10:18

Gestores do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) foram alvos, na manhã desta quinta-feira (9/2), de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). As investigações apuram irregularidades no chamamento para o credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras.

Na Operação Imprevidentes, investigadores e integrante do MPDFT cumpriram de oito mandados de busca e apreensão no DF, em São Paulo (SP) e em Teresina (PI), abrangendo o Iprev, as empresas envolvidas e as residências dos suspeitos. A Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor) e a Promotoria de Justiça de Defesa do patrimônio Público e Social (Prodep) estão à frente da investigação.  

Segundo a polícia, em meio às diligências, iniciadas em 2021, surgiram as suspeitas de diversas irregularidades praticadas por gestores do instituto na gestão de ativos financeiros, desde o credenciamento até a destinação de recursos, apontando favorecimento a uma empresa de investimento com sede em São Paulo (SP).

Conforme o apurado nas investigações, há indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida e os vencimentos percebidos pelos agentes públicos investigados. Com isso, foi verificado o recebimento de elevadas quantias de dinheiro em espécie e por meio de boletos tanto pelos investigados quanto por familiares.

Ainda nas diligências, os policiais e promotores evidenciaram que são fortes os indícios de envolvimento de um dos sócios da empresa de investimentos com os servidores públicos, o que corrobora com hipótese investigativa de que os gestores do instituto teriam agido para favorecer a destinação de recursos para os fundos de investimento representados pela empresa investigada. Dessa forma, os servidores recebiam em troca vantagens indevidas pagas em espécie.

As buscas feitas procuram a consolidação dos elementos probatórios para conclusão do inquérito em andamento. Com os mandados, os investigadores pretendem comprovar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, a eventual identificação de outros envolvidos, além da apreensão de bens e valores para ressarcimento dos cofres públicos.

Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores. Caso condenados, eles podem pegar até 22 anos de prisão.

Participaram da ação de hoje cerca de cinquenta policiais da PCDF, contando com apoio operacional de policiais da Gerência de Inteligência da Polícia Civil do Piauí e da Divisão de Investigação de Crimes contra a Administração e Combate à Corrupção e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores (DPPC) da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

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