CRIME

Polícia fecha clínica de estética de Valparaíso por usar produtos vencidos

Na clínica, as enzimas usadas no procedimento de lipo estavam vencidas há mais de 1 ano. Além disso, elas eram armazenadas em um freezer comum de outro estabelecimento de saúde

Correio Braziliense
postado em 16/02/2023 11:07
Um produto encontrado na clínica teve data de validade expirada em dezembro de 2020, mas ainda era utilizado nos procedimentos estéticos -  (crédito: PCGO/Divulgação)
Um produto encontrado na clínica teve data de validade expirada em dezembro de 2020, mas ainda era utilizado nos procedimentos estéticos - (crédito: PCGO/Divulgação)

A 1ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Valparaíso de Goiás interditou, na quarta-feira (15/2), uma clínica de estética da cidade por uso de produtos vencidos em clientes e armazenamento impróprio dos compostos químicos. A investigação do caso foi iniciada após denúncia de uma ex-funcionária do local, que apresentou à polícia fotos de diversos produtos fora do prazo de validade feitas quando ela ainda trabalhava no estabelecimento.

De acordo com a DDP de Valparaíso de Goiás, a clínica oferecia o serviço de aplicação de enzimas denominado “lipo sem corte”, além de botox, tratamento de peeling químico, entre outros — procedimentos não só externos, mas também internos. O processo de lipoaspiração sem corte, por exemplo, é feito pela aplicação de enzimas dentro do tecido adiposo que se quer diminuir. Com um produto vencido, a chance de reações alérgicas ou até mesmo infecções do corpo aumentam exponencialmente, causando um grave risco à saúde.

Na clínica, as enzimas usadas no procedimento de lipo estavam vencidas há mais de 1 ano. Além disso, elas eram armazenadas em um freezer comum de uma outra clínica. De acordo com a polícia, guardar os produtos em outro local era uma forma de “dificultar a fiscalização”, já que a outra instituição oferecia apenas serviços de saúde geral e exames de imagem.

  • Os produtos estavam com diferentes datas de validade, mas todos vencidos PCGO/Divulgação
  • Uma ampola de toxina botulínica (botox) encontrada na clínica venceu em 2019 e ainda era utilizada PCGO/Divulgação
  • Agentes registram os produtos encontrados na clínica de estética PCGO/Divulgação
  • Na clínica médica, que armazenava os produtos vencidos para encobrir a clínica de estética, as mercadorias eram resfriadas sem o cuidado exigido pelas fabricantes: elas ficavam na porta de um refrigerador comum próximo à comidas diversas PCGO/Divulgação

Com a deflagração da operação, que cumpriu o mandado de busca e apreensão nas duas clínicas, os agentes policiais identificaram que nem mesmo alvará de funcionamento os estabelecimentos detêm. Por esse motivo, a interdição dos locais já seria concretizada, mesmo se não fossem encontrados os produtos vencidos.

A Polícia Técnico-Científica, com equipe presente na busca e apreensão, identificou diversas mercadorias com sinais de uso recente que estavam vencidos desde 2021 ou não tinham data de validade no rótulo. Na clínica médica, ampolas de toxina botulínica (botox) estavam em uso mesmo vencida e eram armazenadas dentro de um frigobar.

Havia, ainda, um estoque de produtos vencidos mas ainda lacrados, que provavelmente ainda seriam usados pela empresa. Os objetos encontrados no local foram apreendidos e passarão por perícia. As duas clínicas foram interditadas e os envolvidos que trabalhavam no local ou são responsáveis pelos estabelecimentos foram conduzidos para a delegacia.

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