Feminicídio

Sepultamento de Rayane Ferreira é marcado pela tristeza de amigos e familiares

Ela foi vítima de feminicídio cometido pelo ex-companheiro e pai do filho que tiveram juntos. A mãe de Rayane, muito abalada, não compareceu ao enterro

Naum Giló
postado em 04/03/2023 14:39 / atualizado em 04/03/2023 16:35
Velória de Rayane Ferreira, vítima de feminicídio, foi marcado pela tristeza de amigos e familiares. Assassino está preso -  (crédito: Naum Giló )
Velória de Rayane Ferreira, vítima de feminicídio, foi marcado pela tristeza de amigos e familiares. Assassino está preso - (crédito: Naum Giló )

O velório de Rayane Ferreira de Jesus Lima, 18, vítima de feminicídio, foi marcado pela tristeza na manhã deste sábado (4/3), no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ela foi assassinada pelo ex-companheiro na quinta-feira (2/3), por asfixia. O sepultamento foi por volta das 11h, com presença de amigos e familiares de Rayane. A mãe da vítima está muito abalada, segundo pessoas próximas, e decidiu não comparecer ao enterro.

“Ela era uma menina muito alegre, gostava de dançar e era uma ótima mãe”, Helainy Lopes, 28, amiga da família que conhece Rayane desde que ela tinha seis anos e que compareceu no cemitério neste sábado. Helainy contou à reportagem que Jobervan Júnio Lopes Lima, de 21 anos, inconformado com o fim do relacionamento, já havia tentado matar Rayne outra vez, em novembro do ano passado.

Ele foi à casa onde ela morava com o filho, de 1 ano, e tentou matá-la por enforcamento. “Ela conseguiu gritar pelos vizinhos, que foram socorrê-la e bater no Jobervan. Ele ficou avisado de que não poderia mais aparecer lá na Caub 2, no Riacho Fundo 2, onde Rayane morava com o filho. Desde então, ele sumiu e reapareceu essa semana para matá-la”, revolta-se. “Ele aproveitou que todos estavam dormindo para entrar na casa dela, no início da manhã”.

Além do filho pequeno, a vítima vai fazer falta para o sobrinho de 9 anos, que era muito apegado a ela. “A irmã de Rayane também faleceu, quando ele ainda era bebê, e eles criaram esse vínculo”, explica.

“Ele passou todo esse tempo premeditando o assassinato, tenho certeza”, indigna-se Cristiano Firmino de Lima, 44 tio de Rayane. “Ela era uma boa menina, muito tranquila”, lembra.

Após cometer o crime, o assassino fugiu levando a criança. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) achou o bebê no mesmo dia, na casa do avô paterno, em Ceilândia. O autor do feminicídio foi preso ainda na manhã da quinta-feira e levado para a 23ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia. Jobervan tinha várias passagens pela polícia, incluindo medidas protetivas de uma outra ex-companheira, além de prisões em flagrante.

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