Investigação

Justiça decide manter presa mãe que matou filha e incendiou apartamento

Acusada vai responder por homicídio duplamente qualificado. A polícia suspeita que a criança estava morta 12 horas antes do incêndio no imóvel, que teria sido provocado pela mãe

Darcianne Diogo
Pablo Giovanni
postado em 06/03/2023 22:15 / atualizado em 06/03/2023 22:15
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

O juiz Marco Aurélio Salustiano do Bonfim decretou a prisão preventiva de Zenaide Rodrigues de Souza, 32, suspeita de assassinar a própria filha, de 5 anos, em Taguatinga Norte.

O magistrado seguiu o entendimento do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que solicitou a manutenção da prisão, sendo convertida em preventiva. Ela é acusada de atear fogo no próprio apartamento após ter assassinado a filha. O crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira (6/3), no residencial Itamaraty.

Na decisão, Bonfim considerou que há indícios de que Zenaide seja responsável por cometer o crime. Ela está detida e alegou à polícia que sofre de depressão.

“Os fatos, portanto, são concretamente graves. Nesse quadro, a decretação da prisão preventiva mostra-se imperiosa, tendo em vista que a gravidade concreta dos atos de violência empregados denota que a adoção de providência mais branda será ineficaz”, declarou o magistrado.

O caso

O incêndio começou por volta das 1h da madrugada e o Corpo de Bombeiros (CBMDF) foi acionado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Zenaide passou de uma sacada para outra para fugir do incêndio e deixou a filha no apartamento, localizado no Setor M Norte.

O Correio apurou que, no imóvel, os policiais encontraram uma carta. No manuscrito continha uma mensagem de despedida. “Na carta, ela disse que mataria a criança para que o pai ficasse com o peso na consciência. Detalhou, ainda, como seria a morte. Dizia que amarraria os pés e as mãos da criança e iria sufocá-la com o travesseiro”, detalhou o delegado-chefe da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Josué Ribeiro.

Apesar do relato, a menina não foi encontrada com sinais de amarração. Em análise preliminar da perícia, a criança teria morrido por esganadura, mas apenas o laudo do Instituto de Criminalística (IC) poderá determinar a causa da morte.

De acordo com o CBMDF, o apartamento de dois quartos, sala e cozinha ficava no 11º andar e foi praticamente todo consumido pelas chamas – à exceção de um dos quartos, onde estava o corpo da menina.

A polícia suspeita que a criança estava morta 12h antes do incêndio. Ela vai responder por homicídio duplamente qualificado.

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