Justiça

Mãe que matou filha se torna ré por homicídio quadruplamente qualificado

Zenaide Rodrigues de Souza, 32 anos, estrangulou a filha dentro do apartamento, em Taguatinga Norte. À polícia, ela alegou sofrer de depressão

Darcianne Diogo
postado em 23/03/2023 22:25
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia do Ministério Público (MPDFT) contra a mulher acusada de matar a filha, de 5 anos, em um apartamento de Taguatinga Norte. Zenaide Rodrigues de Souza, 32, está presa na Penitenciária Feminina do DF (PFDF), a Colméia, e responde pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e incêndio.

A denúncia foi aceita pela Justiça em 13 de março e Zenaide tornou-se ré. A mulher foi presa em flagrante em 6 de março, depois de ter estrangulado a filha dentro do imóvel onde morava. Apesar do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não ter ficado pronto, os investigadores constataram que a criança, Dulce Maria Rodrigues de Sena, não morreu em decorrência do incêndio. Parte do documento da denúncia indica que a menina “sequer respirou fumaça” e já estava morta há quase 12 horas.

A mulher foi presa em flagrante pela PCDF
A mulher foi presa em flagrante pela PCDF (foto: Reprodução)

Zenaide responde por incêndio e homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, asfixia, impossibilidade de defesa da vítima e pelo fato da vítima ser menor de 14 anos. Caso seja condenada, a autora pode pegar até 30 anos de prisão.

O crime


As investigações conduzidas pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) indicaram que a mãe tinha a intenção de matar a filha. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 6, por volta de 1h, mesmo horário em que Zenaide teria “programado a sua morte”, conforme descrito em uma carta deixada por ela no apartamento.

De acordo com as investigações, Zenaide sofria de depressão. “Na carta, ela disse que mataria a criança para que o pai ficasse com o peso na consciência. Detalhou, ainda, como seria a morte. Dizia que amarraria os pés e as mãos da criança e iria sufocá-la com o travesseiro”, detalhou o delegado-chefe da 12ª DP, Josué Ribeiro, à época. Apesar do relato, a menina não foi encontrada com sinais de amarração. A polícia pediu perícia de local, cadavérico e prosopográfico (para saber se a carta foi realmente escrita por Zenaide).

Zenaide estava separada do pai da sua filha há, pelo menos, dois anos e, um dia antes da tragédia, tirou a foto e as informações pessoais dos perfis das redes sociais.

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