Um bebê de dois meses morreu após ingerir um medicamento para tratamento de glaucoma por engano. O caso ocorreu em Formosa (GO) — distante cerca de 79km de distância de Brasília —, no Entorno do DF, e é investigado pela Polícia Civil (PCGO). Segundo as investigações, o erro teria sido na entrega dos remédios em uma farmácia popular da cidade.
À polícia, a mãe do bebê, de 20 anos, contou que o filho passou mal na tarde de sábado (4/3) ao apresentar sintomas como náuseas, vômito e febre. Ela decidiu levá-lo à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Formosa. No posto, o médico de plantão prescreveu três medicamentos à criança.
O avô do bebê foi até uma farmácia popular com a receita médica para comprar os remédios e pagou cerca de R$ 80. No estabelecimento, o funcionário responsável pelo atendimento entregou as medicações e o homem foi embora. “Ele (avô) achava que estava levando as medicações corretas para a casa. Ele entregou para a mãe e ela ministrou os medicamentos via oral”, detalhou o delegado à frente do caso, Paulo Henrique.
Um dos remédios era um colírio para tratamento de glaucoma. Após alguns minutos, a criança voltou a apresentar um quadro grave, ficou sonolenta e ofegante. A mãe retornou à UPA e foi questionada pelo médico sobre os medicamentos. A equipe médica constatou o erro e o recém-nascido precisou ser internado às pressas. O bebê chegou a ser entubado, mas não resistiu e faleceu na noite de sábado.
Investigação
A delegada Fernanda Lima fez as diligências preliminares na farmácia que vendeu o medicamento e na UPA Infantil, tendo solicitado o prontuário de atendimento da criança. O laudo de exame de corpo de delito apontou que “o uso do colírio pode ter ocasionado a morte do menor, porém devemos aguardar o resultado dos exames complementares”.
Agora, a PCGO trabalha para identificar os responsáveis por vender os medicamentos errados ao avô da criança. “Com relação às responsabilidades, estamos averiguando, mas com certeza alguém da farmácia responderá por homicídio culposo. Estamos verificando quem era o farmacêutico de plantão no momento ou se só tinha o atendente”, frisou o delegado Paulo.
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