O câncer do colo do útero e a vacinação contra o HPV foram tema do CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília— desta quinta- feira (16/3). À jornalista Carmen Souza, a oncologista cirúrgica do Instituto de Câncer de Brasília Viviane Rezende falou da importância da prevenção e como a doença pode ser evitada.
Sobre o exame de papanicolau, a médica explicou que a mulher deve começar o procedimento a partir dos 25 anos de idade.l Ela também fez um alerta às adolescentes. “Cada vez mais, as meninas estão começando a sua vida sexual mais cedo. O problema não é iniciar cedo, mas sim de uma forma responsável. Então, devemos colocar no universo da mulher que o cuidado deve acontecer fazendo seus exames ginecológicos", afirmou.
Segundo a profissional de saúde, quando a paciente contrai o vírus do HPV e começa a ter alterações relacionadas ao vírus, leva de 5 a 15 anos para se transformar em câncer. “Olha quanto tempo a gente tem a favor. O problema é que as pacientes não estão fazendo o exame, ou, se elas fazem, por que não chegam até o final da avaliação clínica?", observou.
Sobre a vacina contra o HPV, Viviane Rezende disse que a imunização em pacientes de 9 a 14 anos é essencial, pois não tiveram contato com o vírus, “Ela vai tomar a vacina e a gente espera que tenha a reação imunológica e que consiga desencadear a imunidade”, esclareceu.
O Brasil tem, em média, 16 mortes por dia em consequência do câncer do colo do útero — um cenário que Viviane Rezende lamentou. “Isso é uma verdade que nos deixa muito tristes, porque é um câncer absolutamente evitável. Tudo começa no rastreio, que é por meio do exame de papanicolau, que é o preventivo ginecológico. A partir daí, a gente consegue evitar essa cadeia que termina sendo um câncer para a mulher”, explicou. A oncologista destacou a importância do março lilás, por ser um momento de informar as mulheres sobre a necessidade de fazer exames ginecológicos.
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
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