Memória

OVNIs: 1ª aparição em Brasília foi registrada pelo Correio; saiba detalhes

Desse 1960, quando um objeto apareceu pela primeira vez no céu de Brasília, curiosos e pesquisadores têm tentado desvendar os mistérios vindos do céu

Débora Oliveira
postado em 01/04/2023 11:00
 (crédito: Acervo Correio Braziliense)
(crédito: Acervo Correio Braziliense)

As incertezas em relação à vida extraterrestre são muitas. Afinal, será que existe mesmo vida inteligente em outros planetas? Esses seres já estiveram na Terra? Tais questões intrigam a humanidade há milhares de anos, fazendo com que o tema seja analisado de forma criteriosa por especialistas responsáveis pelo estudo dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs).

O termo OVNI abrange todos os objetos voadores que não são reconhecidos de imediato, não se limitando apenas à visualização de possíveis "discos voadores". Controverso, o assunto é visto com desconfiança por parte da população que não acredita na existência de vida em outros planetas, no entanto, inúmeros são os relatos de pessoas que não só acreditam como afirmam terem visto OVINs.

Não existe uma determinação legal que recomende o cidadão a informar sobre ovnis, entretanto, ele pode relatar junto à Força Aérea Brasileira (FAB) para que sejam tomadas as providências cabíveis, principalmente em relação à defesa do espaço aéreo brasileiro. No entanto, o órgão tem um documento de relatório de OVNIs, que registram as aparições ao longo dos anos.

No Correio Braziliense, o assunto foi colocado em destaque inúmeras vezes. O jornal, foi o primeiro a registrar a aparição de um OVNI em Brasília, no ano de 1960. Entre 1960 e 1977, onze matérias sobre objetos voadores não identificados em Brasília foram veiculadas no veículo de comunicação. Entre as publicações, destaque para o primeiro registro em 1960. Com título “Disco voador no céu de Taguatinga”, a publicação traz o relato de traz o relato do dia 29 de novembro do mesmo ano, quando, às 21h30, foi visto um objeto não identificado, semelhante a uma bola de fogo cruzando o céu da cidade.

Inicialmente, a suspeita era de que o objeto se tratasse de uma estrela cadente, mas o movimento zig-zag do objeto em direção a Anápolis chamou atenção de observadores, que se juntaram para acompanhar as evoluções do estranho objeto, que não se confundia com qualquer estrela.

Em 1969, outra aparição levou os moradores de Alexânia, cidade vizinha a Brasília, a colocarem os OVNIs como “assombração” e “coisa de outro mundo”. Uma fazenda a 25 quilômetros de Alexânia chamou atenção de moradores da região, de cidades vizinhas e da imprensa, todos iam até o local ao entardecer e início da noite para ver um objeto voador que emitia luzes intensas e intermitentes. De acordo com relatos da época, os objetos foram vistos a uma distância de 10 a 20 metros do solo.

  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense
  • Objetos Voadores não Identificados em Brasília Acervo Correio Braziliense

Em 1977, a publicação “Os discos rondam o Planalto” trouxe o assunto em tom de crítica e colocou em pauta o interesse de pesquisadores em relação ao tema. “Um fenômeno pesquisado com os maiores rigores da ciência, os Objetos Voadores Não-Identificados, só se prestam a exercícios de mistificação quando, quem manipula o tema, apenas visa a obter lucros fáceis com teses estapafúrdias. Se, ao contrário, o assunto é enfocado por um fotógrafo, com esmero profissional mas sem pretensões excessivas, estes objetos, os discos-voadores, voam do ridículo para a área do verossímil, estimulando as especulações sobre seu significado”, comentava a matéria em tom de crítica.

O profissional em questão se tratava de Eduardo Stuckert, cujo sobrenome nos meios de imprensa de Brasília é considerado uma prova de competência profissional e honestidade em matéria de fotografia - uma vez que seu pai e mais dois irmãos dedicam-se há anos ao mesmo trabalho, tendo constituído, inclusive, uma empresa própria, a Stuckert Press, foi quem fez esta sequência de fotos para o Correio Braziliense.

Ao visitar um amigo na SQS 404, Bloco Q, Apto. 207, Eduardo se deparou com um objeto luminoso descendo sobre um bloco da quadra fronteira, a SQS 205. A lente de que dispunha no momento, de 50 mm, não permitiu reproduções muito boas. Mas, interessado pelo tema, Eduardo resolveu armar no quarto do amigo, sobre tripé, uma Nikon F-2, com teleobjetiva de 400mm. E, assim, no dia seguinte (exatamente às 20h) conseguiu registrar o objeto, que demorou duas horas para se esconder, nesta segunda aparição.

Em Brasília, esses são os últimos registros, mas, pelo Brasil, as aparições não param. O advogado e consultor da Revista Ovni Pesquisa, Thiago Bezerra, conta que de abril de 2022 até fevereiro de 2023 já foram registrados mais de 250 casos de avistamentos, somente no Brasil.

“Estamos vivendo uma verdadeira onda ufológica! No mês de março, notamos uma diminuição dos casos nacionais, mas tivemos aparições nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Pará e Sergipe. Para exemplificar, dia 20/03/2023 às 18:45h houve avistamento de OVNI luminoso sobre a cidade de Santos - SP. Este foi o último registro conhecido até esta data”, pontua o consultor.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE