Crime

Operação combate esquema de desvio de merenda escolar no DF 

Esquema de corrupção que desviava merenda escolar era feito em conjunto com funcionários de escolas da Rede Pública do DF e fornecedores de alimentos 

Correio Braziliense
postado em 18/04/2023 10:50 / atualizado em 18/04/2023 10:51
 (crédito: PCDF/ Divulgação)
(crédito: PCDF/ Divulgação)

Por meio de ação conjunta realizada pelas equipes da 33ª DP e 20ª DP, a Polícia Civil do DF (PCDF)realizou, na tarde do dia (17/04), a prisão em flagrante de sete pessoas, sendo quatro mulheres, merendeiras escolares, na faixa-etária em torno 37 e 60 anos. O grupo foi acusado da prática de crimes contra a administração pública por participar de esquema de desvio de produtos destinados à merenda escolar. 

As investigações tiveram início após uma denúncia anônima que acusava uma funcionária da escola Centro de Ensino Fundamental nº 103, localizada em Santa Maria, de envolvimento em esquema de desvio de alimentos destinados à merenda escolar dos alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Durante as diligências realizadas, foi averiguado que as merendeiras da cozinha da escola de Santa Maria estariam envolvidas no esquema criminoso. As suspeitas foram abordadas pelos policiais quando estavam saindo da escola com diversos produtos alimentícios. Foi comprovado também que as funcionárias não utilizavam todos os produtos destinados à merenda escolar para que assim, sobrassem, os alimentos e, na sequência, fossem roubados para próprio benefício.

Durante o inquérito, uma das funcionárias confessou que os desvios de produtos alimentícios ocorriam diariamente há vários anos. As investigações também apontaram que uma empresa, com sede em Santa Maria, que, era responsável pela entrega de proteína em todo o DF para produção da merenda escolar, também teria participado no crime de desvio dos produtos. Logo, as equipes da PCDF passaram a monitorar os três caminhões utilizados no transporte da carga.

Segundo a investigação, três motoristas e dois encarregados realizavam três rotas de entregas para escolas públicas em Ceilândia e, ao final do trajeto, retornavam ao estabelecimento em Santa Maria.
Os investigadores comprovaram, por meio do monitoramento, que os envolvidos mudavam as rotas e seguiam em direção a estabelecimentos particulares para fazerem a venda das caixas de carne pelo valor de até R$ 5 cada, bem abaixo do preço de mercado.

A partir da realização da operação conjunta foi possível efetuar a abordagem dos suspeitos no momento em que realizavam as entregas ilícitas a terceiros. Durante o flagrante, os policiais apreenderam cerca de 48 caixas de proteína, com 18 kg cada, que devem ser devolvidas e, consequentemente, reenviadas às escolas públicas. Os funcionários vinculados à empresa foram presos em flagrante e autuados pelos crimes
de peculato e associação criminosa, receptação simples e receptação qualificada.

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