Execução de testemunha e tráfico: gangue de Planaltina ameaçava moradores

A gangue do "Pombal" agia com terror. Operação da Polícia Civil prendeu cinco pessoas acusadas de participar do grupo criminoso nesta quarta-feira (19/4). Duas seguem foragidas

Darcianne Diogo

postado em 19/04/2023 10:58 / atualizado em 19/04/2023 11:01

Os bandidos mataram uma mulher e atearam fogo na casa dela em fevereiro deste ano - (crédito: Divulgação/PCDF)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou, na manhã desta quarta-feira (19/4), uma megaoperação contra integrantes de uma gangue de Planaltina. Mais conhecido como a gangue do “Pombal”, o grupo criminoso é responsável por uma série de crimes, incluindo homicídios e tráfico de drogas. Cinco pessoas foram presas e duas estão foragidas.

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A gangue entrou na mira da polícia desde o fim de 2022, quando criminosos passaram a aterrorizar os moradores da região. Em fevereiro deste ano, executaram uma usuária de drogas após ela servir como testemunha para a polícia. Os assassinos acreditaram que a vítima teria “caguetado” a ação do grupo aos investigadores. Marilândia Soares Prade morreu no dia 22 daquele mês. Os autores ainda espancaram o marido dela e atearam fogo na casa onde o casal morava, em Planaltina.

A equipe de investigadores constatou que a gangue agia em retaliação às ações de enfrentamento e combate ao tráfico de drogas e homicídios desencadeadas pela 31ª DP.

Líder da gangue foi assassinado

No decorrer das diligências, o atual líder da gangue do Pombal, identificado como Mauro de Souza Oliveira, foi assassinado por um outro integrante. A motivação seria uma desavença referente à armas de fogo que pertenciam ao grupo.

As ações da quadrilha foram mapeadas pela polícia. Na tentativa de se estabelecer e fortalecer na região, o grupo passou a intimidar e ameaçar moradores de Planaltina, com coação e imposição da lei do silêncio.
Nesta manhã, a PCDF prendeu cinco pessoas, sendo dois em flagrante por tráfico de drogas. Dois homens seguem foragidos: Fabrício Éder Alves, o Burriquinho; e Lucas de Jesus, o Manabú. Dados da Polícia Civil mostram que, desde o fim de 2022 até o momento, foram detidos mais de 20 criminosos na região do Pombal.