Orçamento

Celina reage a mudanças em cálculo no Fundo Constitucional: "Preocupante"

Vice-governadora não concorda com o texto do companheiro de partido, e afirmou que mudanças no cálculo do Fundo Constitucional põe em risco os habitantes do DF

Pablo Giovanni
postado em 24/05/2023 15:42 / atualizado em 24/05/2023 15:53
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

A vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP) afirmou que a ideia proposta pelo relator do marco fiscal Cláudio Cajado (PP-BA) é preocupante. A ex-parlamentar questionou o companheiro de partido e detalhou que a população do Distrito Federal é dependente de recursos do Fundo Constitucional.

“A ideia de mexer na fórmula do fundo constitucional é preocupante. Se não há variações consideráveis, o porquê de mudar a fórmula de se calcular? Os 511 deputados moram no DF pelo menos 3 dias por semana. Fora os mais de 3 milhões de habitantes do DF que dependem disso. Nossa cadeia econômica não irá assumir as perdas nesse volume”, disse.

“A ideia de estar dentro da proteção do Arcabouço Fiscal não é verdadeira, visto que o histórico de perdas desde a criação do fundo são irrisórias”, completou, nas redes sociais.

Nos relatórios do secretário de Planejamento do DF, Ney Ferraz, o projeto de lei complementar que estabelece limite de gastos da União trará um rombo de R$ 87 bilhões em 10 anos no orçamento do DF. Os valores, depositados pelo governo federal ao GDF, correspondem à manutenção das forças de segurança, educação e saúde.

8 de janeiro e seu potencial

O texto foi votado ontem e aprovado por 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção. O relator, em seu parecer, sugeriu a mudança da forma de cálculo para atualização do FCDF, utilizando a regra do valor com base na variação da corrente líquida da União, sugerindo um teto. O aporte anual dos recursos orçamentários destinados ao Fundo será corrigido levando em conta o limite da despesa primária do Poder Executivo da União.

Ou seja, a variação será mais baixa e, as despesas com pessoal no Distrito Federal crescem, no mínimo, de forma vegetativa, mesmo sem aumento salarial ou novas contratações. A despesa primária é, basicamente, relacionada à saúde e à educação. O governo federal controla, pode gastar mais ou menos. Vincular algo que a União pode controlar significa que pode não ter aumento e até um índice menor.

Com a correção pela receita corrente líquida, a variação depende da evolução da economia. É trocar um índice de correção que está nas mãos do mercado por variação que depende da política econômica.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação