O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, será ouvido nesta quinta-feira (1°/6), por volta das 10h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). Ele será questionado sobre os atos de 12 de dezembro e 8 de janeiro.
A saga entre CPI e Heleno iniciou em março, quando o general, que era convidado, informou à CPI que estaria de viagem no dia do depoimento, e pediu para que a oitiva dele fosse antecipada. O movimento de Heleno foi considerado importante para a comissão, que concordou. No entanto, um dia antes do depoimento, o general avisou que foi orientado por apoiadores a não colocar “gasolina” nos ânimos, e por isso não compareceria. O “blefe” do braço direito de Bolsonaro enfureceu integrantes da CPI.
Os distritais, então, aprovaram uma nova convocação, não só de Heleno, mas de outros dois generais. Mas, o Exército decidiu entrar em cena e propôs um acordo com a CLDF, para que fosse transformado essas convocações em convites (quando não são obrigados a comparecer).
Em troca, o Exército garantiria a presença de todos os generais que fossem alvos de pedidos da CPI. O pedido do Exército teria sido encaminhado pelo comandante Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Calendário
No calendário da CPI, está previsto ser ouvido, na quarta-feira (7/6), o coronel Paulo José, chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nos atos de 8 de janeiro. Após, a CPI ouve o general G. Dias, ex-ministro do GSI, que estava no Palácio do Planalto durante a invasão de bolsonaristas.
O terrorista Alan Diego dos Santos, condenado por planejar um atentado à bomba no Aeroporto de Brasília, será ouvido em 22 de junho. Antes do recesso parlamentar, quem será ouvido é o comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa. Ele era subcomandante da corporação no 8 de janeiro.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.