CPI

CPI quer reconvocar ex-comandante da PMDF após depoimento de general

Reconvocação de Naime para prestar novo depoimento à CPI será votada nesta quinta (1º/6). Depois, o ex-chefe do GSI Augusto Heleno será ouvido pelos distritais

Pablo Giovanni
postado em 31/05/2023 15:11 / atualizado em 31/05/2023 15:37
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa vai votar, na manhã de quinta-feira (1°/6), o requerimento de reconvocação do ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime.

O requerimento, de autoria do deputado suplente Gabriel Magno (PT), é motivado após o depoimento do ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), general Gustavo Henrique Dutra de Menezes. À CPI, na quinta-feira (18/5), o general explicou que todas as investidas das forças de segurança do DF no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército eram para combater o comércio ilegal. O Exército, por sua vez, trabalhava na estratégia de "desmotivar" os manifestantes.

Dutra apresentou, também, um memorial à CPI da CLDF com documentos explicando a ação do Exército, com a alegação de que as pastas do DF só foram ao acampamento para combater o comércio na região. O militar ainda explicou que nenhuma instituição declarou o acampamento ilegal até os atos de 8 janeiro.

Naime, em depoimento à CPI em março, afirmou que a PMDF e a Secretaria DF Legal tentaram desmobilizar os manifestantes no acampamento três vezes, mas que em todas as ocasiões, o CMP, comandando por Dutra, impediu a ação do governo do DF. Por isso, com as duas versões diferentes, Magno quer a reconvocação de Naime, que está preso há 114 dias.

CPI ouve Heleno

Após a votação do requerimento de Naime, a CPI dos Atos Antidemocráticos ouve o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O presidente da comissão, Chico Vigilante (PT), confirmou a presença do ex-braço direito de Jair Bolsonaro (PL).

Para a ida de generais à CPI, um "acordo de cavalheiros" foi firmado para assegurar os depoimentos de generais para o andamento da comissão. Apesar de todos estarem convocados, um acordo entre o Exército e os deputados distritais transformou em convites (quando não são obrigados a comparecer) a vinda dos generais Dutra, Augusto Heleno e G.Dias. Os dois últimos ainda não foram ouvidos.

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