CPI

"Eu não planejei essa operação", diz coronel que comandava batalhão da Esplanada no 8/1

Coronel explicou que não estava como chefe no batalhão que cuida da Esplanada dos Ministérios. Casimiro explicou que, no dia 8, estava em casa, com a família

Pablo Giovanni
postado em 05/06/2023 15:13 / atualizado em 05/06/2023 19:43
 (crédito: Carlos Gandra/Agência CLDF)
(crédito: Carlos Gandra/Agência CLDF)

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1° Comando de Policiamento Regional (1° CPR), foi categórico na CPI dos Atos Antidemocráticos, na tarde desta segunda-feira (5/6), afirmando que não era competência dele planejar a operação do 8 de janeiro.

“Fique bem claro, o Departamento Operacional (DOP) é responsável por planejar. Eu simplesmente cumpri as ordens do departamento. Eu não planejei essa operação. Repito: eu não planejei essa operação. Eu sou um braço do DOP, e sou um dos comandos do DOP - dentro dos seis comandos”, disse.

Antes de explicar que não esteve no planejamento do 8 de janeiro, que era à cargo do DOP, Casimiro apresentou sua carreira dentro da corporação e mostrou uma hierarquia dentro da PMDF, onde o 1° CPR era dentro da atribuição do DOP. O coronel explicou que estava de folga. “No dia da operação (8 de janeiro), o major Flávio Alencar, era comandante da operação. Não era eu o comandante da operação. Eu estava em casa, de bermuda, relaxado, de bermuda, com a minha família, acompanhando, porque não sou uma pessoa omissa, acompanhando as notícias”, disse.

Casimiro explicou que o ex-comandante do Departamento de Operações (DOP), coronel Jorge Eduardo Naime, determinou a ele escalar um oficial para comandar a tropa. Então, o major Flávio Alencar foi apresentado para comandar a tropa.

CPI

O coronel é ouvido na tarde desta segunda-feira (5//6), na Câmara Legislativa. Casimiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura uma possível omissão de autoridades durante os atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação dos prédios públicos dos Três Poderes.

A tropa comandada pelo coronel possui seis unidades militares, entre elas o 6° Batalhão de Polícia Militar, responsável pela área da Esplanada dos Ministérios. Ele deixou o cargo após a segurança pública do DF entrar em intervenção.

O interventor federal Ricardo Cappelli exonerou Casimiro e outros integrantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), em 11 de janeiro.

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