ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

CPI: coronel aponta ausência de planejamento para tomada de decisões

À CPI da CLDF, coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do batalhão responsável pela Esplanada, esclareceu que não existia análise de riscos para aquele fim de semana e que, apesar disso, não foram tomadas boas decisões

Pablo Giovanni
postado em 05/06/2023 17:39 / atualizado em 05/06/2023 19:44
 (crédito: Carlos Gandra/Agência CLDF)
(crédito: Carlos Gandra/Agência CLDF)

O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1° Comando de Policiamento Regional (1° CPR), afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, que a ausência de um planejamento operacional escancarou que não haviam análises de riscos e, por isso, não foram tomadas “boas decisões”.

À CPI da Câmara Legislativa (CLDF), o coronel explicou que, diante das informações que existiam, foram tomadas as providências devidas. Anteriormente, o ex-comandante contou que não sabia da existência de um relatório da inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), elaborado às vésperas dos atos.

“Em relação a operação toda, o centro da questão é que não tinha análise de riscos, e foram tomadas não boas decisões. Para as informações que a gente tinha naquele momento, foram tomadas as decisões corretas. Não vejo que houve omissão. Não consigo visualizar isso”, esclareceu o coronel, que estava de folga em 8 de janeiro.

No relatório da PF, o responsável pelo documento era o coronel Paulo José, ex-subchefe do Departamento de Operações, apontado pela corporação como omisso. O coronel era esperado na manhã desta segunda, mas apresentou um atestado e a oitiva foi cancelada.

CPI

O coronel é ouvido na tarde desta segunda-feira (5/6), na Câmara Legislativa. Casimiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura uma possível omissão de autoridades durante os atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação dos prédios públicos dos Três Poderes.

A tropa, até então comandada pelo coronel Casimiro, possui seis unidades militares, entre elas o 6° Batalhão de Polícia Militar, responsável pela área da Esplanada dos Ministérios. Ele deixou o cargo após a segurança pública do DF entrar em intervenção.

O interventor federal Ricardo Cappelli exonerou Casimiro e outros integrantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), em 11 de janeiro.

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