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Políticos do DF reagem à aprovação do arcabouço em comissão do Senado

Relatório do senador Omar Aziz (PSD-DF), aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, retirou o Fundo Constitucional do DF do teto de gastos

Pablo Giovanni
Mila Ferreira
postado em 21/06/2023 12:30
 (crédito: Ed Alves)
(crédito: Ed Alves)

Apesar do otimismo, o clima de comemoração entre os políticos do Distrito Federal foi moderado após aprovação do relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O relatório retira o Fundo Constitucional do DF (FCDF) do teto de gastos estipulado no Arcabouço Fiscal. A proposta foi aprovada na comissão, na manhã desta quarta-feira (21/6), por 19 votos a favor e seis contra. A matéria deve ser votada à tarde no plenário da Casa. Como houve alteração no Senado, a proposta precisará retornar à Câmara dos Deputados em votação prevista para o dia 4 de julho.

"Ainda não dá para sentir alívio. Vamos descansar da mobilização só depois de ser votado no plenário. À tarde, vamos retornar para continuar dialogando com todos os senadores. Pela gravidade do tema, só dá para desmobilizar depois da vitória concretizada", ponderou a vice-governadora Celina Leão (PP).

O secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do DF, Ney Ferraz, destacou as vantagens da retirada do Fundo Constitucional do DF. "Vai ser bom para os servidores, investimentos, grandes obras (...) Vai ajudar os próximos governadores a dar continuidade aos serviços de excelência já prestados ao DF", disse o chefe da pasta.

"Não dá para respirar aliviada ainda, mas, neste momento, é um alívio essa vitória dentro da Casa. Acredito que vamos conseguir sensibilizar a Câmara da importância da retirada do Fundo Constitucional desse texto definitivamente. Depois de votarmos no plenário do Senado, vamos começar outra batalha na Câmara", declarou a senadora Leila Barros (PDT-DF).

"Vou continuar trabalhando, porque não acaba aqui. Ouvi pessoas falando que querem derrubar no plenário e voltar ao texto como estava na Câmara. Temos que continuar esse trabalho. O meu trabalho é o convencimento individual. O relator trouxe uma frase ontem que, para mim, é suficiente: 'Na dúvida, sou pró-DF'. Vou mostrar para cada parlamentar que corremos muito risco. Mas estou feliz com o trabalho da bancada", pontuou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

O ex-governador e presidente regional do Partido Social Democrático (PSD), Paulo Octavio, também esteve presente na votação do arcabouço na CAE. "Precisamos acompanhar a votação no plenário e ainda temos o retorno à Câmara. A articulação tem que continuar. Todas as forças políticas de Brasília se uniram hoje, todos os partidos estiveram presentes. Foi importante aqui no Senado a indicação do senador Omar Aziz como relator. Ele tem conceito e respeito na casa e, mesmo com a pressão por parte do deputado Cajado, foi muito firme na posição de defender o nosso fundo", afirmou.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também esteve presente para acompanhar a votação no Senado e se mostrou confiante. “Tenho convicção de que vai ser aprovado o parecer do Omar (no plenário). O texto foi fruto de muita negociação da bancada do DF. Estivemos com todos os políticos possíveis. Agora, estamos preparando o terreno na Câmara, porque parece que está consolidado aqui (no Senado). Conversei com o Arthur (Lira, presidente da Câmara), para não mexermos no texto do Omar. O que cabe a nós apenas por optar pelas mudanças no Senado ou o texto da Câmara. Vamos fazer o máximo de esforço para que não tenhamos nenhum tipo de risco”, disse a parlamentar. 

 

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