CPI

CPI do DF vai ouvir dupla acusada de tentar explodir aeroporto de Brasília

Os depoimentos estão marcados para 29 de junho, último dia antes do recesso dos deputados distritais. George Washington e Alan Diego estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda

Pablo Giovanni
postado em 22/06/2023 16:07
 (crédito: Minervino Junior/CB/DA Press)
(crédito: Minervino Junior/CB/DA Press)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), mudou o cronograma e ouvirá os dois acusados de tentar explodir o Aeroporto de Brasília no mesmo dia. Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa serão ouvidos em 29 de junho.

Para que não seja exaustiva a oitiva de ambos, a CPI irá começar os trabalhos mais cedo. Os distritais têm a liberação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os depoimentos serão os últimos antes do recesso parlamentar dos deputados.

A estratégica foi adotada também por causa de logística, já que os dois estão relacionados ao mesmo tema. Para que sejam liberados, foi necessário combinar com o local onde os dois estão presos: o Complexo Penitenciário da Papuda. Eles terão garantido o direito ao silêncio.

 

  • Usando dispositivo remoto, George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, planejou explosão sob caminhão com querosene. PCDF/Divulgação

CPI

Na sessão extraordinária da CPI desta quinta-feira, os distritais ouviram o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias — conhecido como G. Dias. Ele afirmou que não foi conivente com a invasão ao Palácio do Planalto, nos atos de 8 de janeiro. Ele considerou, também, as imagens vazadas dele dentro do Planalto como “imprecisas” e “desconexas”.

“Existe uma narrativa de que eu facilitei, ou deixei por facilitar (a invasão no Planalto). Naquela imagem de um major servindo água, e eu do lado. A imagem foi gravada às 15h59, e a minha foi às 16h30. A defasagem foi de 30 minutos. Eu não estava junto dele. Eu não servi água. Eu não fui conivente com o que estava acontecendo”, disse. “Todo o quarto andar foi preservado. Toda a sala do presidente Lula foi preservada. Com as ordens que eu dei, todo o gabinete pessoal do presidente foi preservado. Foram 182 prisões e não teve mortes”, disse o general.

G. Dias falou sobre sua carreira dentro do Exército e explicou que defendeu o Planalto no 8 de janeiro. As imagens do ex-chefe nos atos foram divulgadas pela CNN Brasil. “Em 2022, fui convidado para assumir o GSI, tomando posse em 1° de janeiro. Eu pedi afastamento em 19 de abril. Eu saí por causa da divulgação imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. Naquele dia, foram cometidas agressões impensáveis à democracia brasileira (...) No dia 8, defendi o palácio presidencial no meio de um levante antidemocrático”, disse o general.

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