O 19º feminicídio do Distrito Federal em 2023 ocorreu em via pública, na Quadra 508 do Recanto das Emas. Na madrugada de terça-feira, João Paulo Sousa França, 26 anos, esfaqueou a companheira Claudia Barbosa de Melo, 40.
A vítima foi levada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), sem o movimento dos membros inferiores devido à lesão causada pela perfuração na medula cervical. Após dois dias de internação, Claudia veio a óbito, ontem, na unidade hospitalar.
Segundo o registro policial, o agressor ainda tentou ingressar no hospital pela entrada principal do edifício e pelo acesso lateral. A direção do HRT acionou os policiais por volta das 17h15. Chegando ao local, os agentes o encontraram em frente ao pronto-socorro. Perguntado sobre os fatos ocorridos dois dias antes, no Recanto das Emas, João se manteve em silêncio e lhe foi dada voz de prisão no local. O agressor foi levado para a 12ª Delegacia de Polícia (DP), em Taguatinga Centro.
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Outros casos
São três vítimas em menos de uma semana no DF. No sábado, Jonas Costa Patáxia, 29, matou a ex-companheira Emily Talita da Silva, 20, no Sol Nascente. Segundo a Polícia Militar do DF, os dois bebiam em uma distribuidora, que fica em frente a uma madeireira. No entanto, ambos se desentenderam, até que o ex-companheiro a golpeou com uma facada nas costas. Emily não resistiu ao ferimento e o óbito foi declarado no local.
Investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Ceilândia (Deam 2), Jonas foi preso, na manhã de segunda-feira, em Águas Lindas de Goiás. Enquanto isso, ocorria o enterro da vítima, no Cemitério de Taguatinga. A jovem deixa uma filha de 1 ano e meio.
O outro óbito ocorreu na noite da segunda-feira, em São Sebastião, onde a vendedora autônoma Valdice Santana, 47, morava com o namorado, o pedreiro Bruno Gomes de Oliveira, 27, em uma casa na Quadra 2 do bairro São Bartolomeu. Segundo a PCDF, o acusado contou aos policiais que estava bebendo com a namorada desde as 18h de domingo e que, às 22h, tinha ido dormir com ela. Às 5h do dia seguinte, de acordo com o relato de Bruno aos policiais, ele acordou e se surpreendeu ao perceber que a companheira estava gelada.
Bruno conta que, então, se dirigiu para o quartel do Corpo de Bombeiros (CBMDF), localizado próximo à residência, para pedir ajuda. Os socorristas foram ao local e constataram que Valdice estava morta, mas não identificaram sinais de violência no corpo da vendedora. Mas, ao registrar a ocorrência, a delegacia acionou a perícia, que achou indícios de asfixia por estrangulamento. O corpo da vítima foi removido ao Instituto de Medicina Legal (IML) e o laudo técnico acusou sinais claros de morte violenta por esganadura, além de sangue nas cavidades naturais e laceração do fígado.
Onde pedir ajuda
Atendimento 24 horas, todos os dias
Ligue 190: Polícia Militar do DF
Ligue 197: Polícia Civil do DF
Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres
Atendimento das 9h às 17h, em dias úteis
Disque-Defensoria Pública: telefone 129, ramal 2
Saiba Mais
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